Avaliação: Citroën Basalt 1.0 é um bom urbano com espaço interno e preço competitivo, porém, desempenho é bem fraco

O Citroën Basalt é uma interessante inovação da marca francesa, que introduziu um crossover de estilo cupê, focando em espaço interno e porta-malas, bem como em estilo.

Todavia, o Basalt ousou um pouco mais e adicionou uma versão de entrada com motorização Firefly 1.0 6V, com potência de até 75 cavalos e câmbio manual.

Assim, o Citroën Basalt 1.0 passou a ter um preço mais competitivo, porém, a marca não explorou a motorização para obter mais preço, oferecendo a Feel com conteúdo razoável.

O preço disso é R$ 100.490, mas você pode encontrá-lo regularmente com desconto e, por ora, o valor está em R$ 92.990. Trata-se de um valor bom para a oferta oferecida, apesar do motor.

Simplesmente estiloso

O Citroën Basalt 1.0 tem um visual bem estiloso, especialmente na parte traseira, onde as lanternas chanfradas se sobressaem, indo bem além da linha da carroceria, inspiradas no conceito Citroën Oli.

Com a traseira esticada, tendo ainda vigia traseira ampla sem limpador, por conta da extensão da tampa, o Basalt tem ainda apliques nas laterais junto às portas traseiras para prolongarem a linha das janelas.

A frente mescla bem barras cromadas e grades em blocos verticais, além de luzes diurnas em LED em seta e faróis simples, não tendo faróis de neblina. A versão Feel tem rodas de liga leve aro 16 com pneus 205/60.

Dentro, o Citroën Basalt 1.0 conta com ambiente espaçoso, porém, bem simples. O painel é o mesmo dos irmãos do projeto C-Cubed e conta com textura estilizada na parte superior do conjunto.

O volante tem comando do piloto automático e comandos de telefonia e mídia, com ajuste só de altura. O cluster digital com visores diferentes é bem prático, agradando.

Já a multimídia tem tela de 10 polegadas e conecta muito bem sem fio Android Auto e CarPlay, tendo ainda câmera de ré. O ar condicionado é manual e não há entrada USB-C, somente o padrão.

Há bons espaços para smartphone, mas sem carregamento indutivo, e também para copos, tendo ainda bancos estreitos, mas de acabamento razoável, com o do motorista tendo apoio de braço escamoteável.

Os vidros traseiros são acionados no console entre os bancos dianteiros e há um bom espaço para quem vai atrás. Pena que o banco seja inteiriço, prejudicando o ingresso de mais bagagem, ainda que o porta-malas tenha bons 490 litros.

Fraco, mas econômico

Com motor Firefly 1.0 6V de três cilindros com duas válvulas por cilindro, o Citroën Basalt 1.0 tem um propulsor realmente fraco em números, mas graças ao ajuste com o câmbio e recursos extras, deixa o SUV-cupê mais ágil que o esperado.

O Basalt 1.0 entrega 71 cavalos na gasolina e 75 cavalos no etanol, obtidos a 6.000 rpm, com torques de 10,0 kgfm no primeiro e 10,5 kgfm no segundo, ambos a 3.250 rpm.

Com câmbio manual de cinco marchas, sendo as duas primeiras muito curtas, o Citroën Basalt 1.0 consegue ser ágil na cidade, com boas saídas em um carro abastecido com gasolina, ou seja, menos potente.

O câmbio tem mudanças suaves e com alguma precisão, sendo mais justo que a calibração dos carros da Fiat, que é bem macio mesmo. A embreagem também é macia e sem arranhões na ré.

No trânsito, o Citroën Basalt 1.0 anda com certa desenvoltura, tendo as duas marchas menores bem reduzidas para permitir essa melhor sensação nas saídas, mas é na terceira que ele irá rodar melhor pela cidade.

Já na estrada, o Citroën Basalt 1.0 sofre com seu motor limitado, sendo necessário subir bem o giro e ter alguma paciência nas ultrapassagens. Nas subidas de serra, terceira e quarta apenas.

Se ficar atrás de algum caminhão, mais paciência e atenção, pois a resposta é longa e é necessário ter prudência. O Basalt 1.0 é voltado para a cidade, sendo assim bem limitado na rodovia, então, atente-se a isso.

Na cidade, fizemos 13,2 km/l, mostrando como esse motorzinho é econômico, mesmo num carro que pesa 1.120 kg. Na estrada, ele fez 21,1 kml a 80 km/l, 19,9 km/l a 100 km/l e 18,8 km/l a 120 km/l.

O consumo era dentro do esperado, já que se trata de um carro 1.0 aspirado, além do Citroën Basalt 1.0 ser um carro relativamente leve para seus 4,343 m de comprimento e 2,645 m de entre eixos.

A direção elétrica é bem leve e responsiva quando se deve, com os freios sendo adequados para a proposta de um carro 1.0 litro. Já a suspensão é bem macia, tanto que em algumas situações chega a oscilar bastante.

Nas curvas fechadas, com os pneus altos, o Basalt 1.0 inclina-se mais que o esperado, mas sem prejuízo para o conforto ou segurança. A boa altura livre do solo ajuda ainda a escapar das terríveis lombadas.

A bordo, o Basalt 1.0 absorve bem as irregularidades dada à maciez da suspensão, mas o banco do motorista continua a ranger, mas com o ambiente tendo pouca vibração.

Sem nenhuma assistência ao condutor, além de piloto automático e os itens obrigatórios por lei, o Citroën Basalt 1.0 anda com as regras debaixo do braço para reduzir custo e o preço.

Básico “completo”

O Citroën Basalt 1.0 na versão Feel, a de entrada, já traz alguns mimos para não ser tão peladão diante das demais versões, que já não são assim tão completas…

Retrovisores pretos, chave-canivete, piloto automático, apoio de braço para o motorista, quatro airbags, rodas de liga leve, entre outros, são oferecidos.

Na sua faixa de preço, os carros são menores e somente o Fiat Cronos Drive 1.0, que custa R$ 100.990 e tem porta-malas um pouco maior, mas seu espaço interno é menor que o do francês.

O Chevrolet Onix Sedan 1.0 só começa em R$ 106.790 e num pacote inferior. Já o Hyundai HB20S Comfort Plus 1.0 custa R$ 103.010 e é igualmente mais simples.

Assim, para quem busca espaço interno e porta-malas, mas não liga para o desempenho do carro, especialmente se isso significar economia, o Citroën Basalt 1.0 é uma boa opção.

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