Avaliação: Citroën Basalt Shine tenta desbancar Fastback e Nivus com motor turbo e preço agressivo

avaliacao citroen basalt shine azul (1)
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Lançado no final do ano passado, o SUV estilo cupê Basalt colocou a Citroën na briga para valer no segmento, que até então tinha apenas o Volkswagen Nivus e o Fiat Fastback na paisagem do mercado brasileiro.

Com visual moderno e arrojado, o Basalt é produzido no Complexo Industrial Stellantis de Porto Real, no sul do Estado do Rio de Janeiro, e aposta no preço como um de seus principais atributos.

Até outubro deste ano, o modelo ocupava a trigésima posição entre os carros de passeio mais vendidos do Brasil, em um desempenho superior ao projetado pela marca francesa pertencente ao grupo Stellantis.

O compacto da Citroën parte de R$ 94.990 na versão de entrada Feel, equipada com motor 1.0 aspirado.

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As demais utilizam o motor turbo T200, a Feel a R$ 110.990, a Shine a R$ 115.990 (a do modelo testado) e a Dark Edition a R$ 116.990, colocada no mercado em setembro deste ano.

Todos os valores são bastante competitivos dentro da categoria.

Com 4,34 metros de comprimento, 1,82 metro de largura, 1,59 metro de altura, 2,65 metros de distância de entre-eixos, 1.191 quilos de peso e 490 litros de capacidade do porta-malas, o Basalt tem proporções que harmonizam com o visual arrojado.

O SUV-cupê traz praticamente todos os elementos apresentados no conceito Vision, revelado sete meses antes do lançamento.

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Seguindo o estilo do “protótipo” antecessor, o Basalt reforça uma proposta moderna, robusta e musculosa, ainda que algumas pessoas tenham “torcido o nariz” para as linhas salientes da dianteira.

Assim como o Vision, o Basalt tem altura elevada em relação ao solo, capô alto, dianteira vertical, para-lamas alargados e molduras geométricas nas caixas de roda. Na traseira, a queda do teto reforça a vocação cupê, com fluidez e dinamismo.

Sob o capô, o Basalt Shine testado utiliza o conhecido e eficiente motor turbo T200 desenvolvido pela Stellantis – o mesmo presente em versões dos Fiat Pulse, Fastback e Strada, dos Peugeot 208 e 2008 e dos Citroën C3 e Aircross.

Ele também serve de base para a tecnologia Bio-Hybrid leve da Stellantis, nos modelos Pulse, Fastback, 208 e 2008.

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Com o T200, o Basalt tem 125 cavalos de potência com gasolina e 130 cavalos com etanol e 20,4 kgfm de torque com ambos os combustíveis, associado à transmissão tipo CVT com 7 marchas pré-programadas e à tração dianteira.

O propulsor Turbo 200 utiliza o exclusivo sistema Multiair III, que ajusta de forma automática o tempo e a amplitude de abertura das válvulas de admissão.

Em termos de conteúdo, o Basalt Shine traz painel digital colorido de 7 polegadas customizável, airbags dianteiros e laterais, multimídia Citroën Connect Touchscreen de 10 polegadas com espelhamento para Android Auto e Apple CarPlay wireless com comandos no volante, câmera de ré, três entradas USB, retrovisores elétricos, luzes de circulação diurnas (DRL) em led, seis alto-falantes, ar-condicionado digital, banco do motorista e volante com regulagem de altura, vidros dianteiros e traseiros elétricos com função “one touch”, rodas de liga leve de 16 polegadas diamantadas, travas elétricas com acionamento por telecomando da chave tipo canivete, bocal do combustível com destravamento elétrico, três modos de condução, sensor de estacionamento traseiro, auxiliares de neblina, limitador e controlador de velocidade, bancos e volante com revestimento premium, encostos de cabeça traseiros laterais com abas de apoio e skid plate dianteiro e traseiro.

A unidade avaliada ainda contava com pintura biton e teto Perla Nera.

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Experiência a bordo – Valorização aos detalhes

O cuidado com o visual marcante e agressivo também está presente no interior do Basalt, que acomoda cinco ocupantes com conforto.

O painel tem uma grande faixa bicolor em tom Solar Bronze, integrando visualmente o painel digital colorido de 7 polegadas e a central multimídia Citroën Connect Touchscreen de 10,25 polegadas, com Android Auto e Apple Carplay sem fio e seis alto-falantes.

Logo abaixo, está o ar-condicionado digital automático, calibrado para o calor intenso do verão sul-americano, capaz de refrigerar ou aquecer a cabine rapidamente.

A habitabilidade do Basalt também aparece em pequenos detalhes, como o apoio de braço para o motorista em todas as versões, a oferta única de encostos de cabeça laterais traseiros com abas e facilidade de acesso amplo ao banco traseiro graças ao bom ângulo de abertura das portas traseiras e ao desenho inteligente das colunas “C” (as de trás).

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O conforto do Basalt se nota em itens como retrovisores, vidros e travas elétricas, câmera de ré, monitoramento inteligente da pressão dos pneus, alarme com comando na chave tipo canivete e assistente de partida em rampa (inclusive para manobras de ré).

A cabine foi projetada para oferecer comodidade a todos os ocupantes, exceto para quem viaja no assento central traseiro devido ao teto mais baixo típico dos cupês e ao túnel central elevado.

Sendo assim, uma pessoa de estatura mais baixa fica melhor acomodada nesse assento.

Já nos bancos dianteiros, a boa altura interna da cabine oferece amplo espaço para os ocupantes, com assentos que seguram bem o corpo e aumentam a sensação de segurança, especialmente para o motorista.

avaliacao citroen basalt shine azul (9)
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Um ponto negativo é a ausência de saídas de ar-condicionado para a parte traseira do veículo.

Impressões ao dirigir – Bom comportamento dinâmico

Porto Alegre/RS – O motor T200 turbo do Basalt Shine proporciona respostas imediatas do acelerador, oferecendo força de sobra ao carro de pouco mais de uma tonelada.

De acordo com a Citroën, ele acelera de zero a 100 km/h em 9,7 segundos se estiver abastecido 100% com etanol.

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O carro tem 130 cavalos de potência a 5.750 rotações por minuto com etanol e 20,4 kgfm de torque a 1.750 rpm. Mais força não é necessária!

Tudo é bem gerenciado pelo câmbio tipo CVT com 7 marchas pré-programadas, com trocas suaves e quase imperceptíveis, embora o som do motor se torne um pouco mais alto dentro da cabine em acelerações fortes.

Há também um leve turbo lag em rotações mais baixas. A versão Shine traz de série piloto automático e limitador de velocidade.

O modo “Sport” deixa o carro com comportamento mais esportivo, mas com um efeito colateral: aumenta o consumo de combustível.

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Para quem busca mais emoção, ele é ideal, já que entrega torque imediato em ultrapassagens. O Basalt não tem bloqueio do diferencial, algo justificável para manter o preço competitivo.

Com boa calibração da suspensão, o Basalt Shine inclina pouco a carroceria em curvas mais rápidas, deixando o carro “mais no chão”, transmitindo segurança e conforto.

Os freios, a disco ventilados na dianteira e a tambor na traseira, (cumprem bem seu papel. O modelo ainda oferece dirigibilidade razoável no off-road leve, mas não foi feito para terrenos mais severos.

Por causa do estilo cupê, a visão traseira pelo espelho interno é limitada. Esse problema é contornado, porém, se o motorista tiver o “saudável” hábito de usar mais os retrovisores externos, que têm bom tamanho.

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Ficha técnica – Citroën Basal Shine T200 AT

Motor: gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 999 cm³, três cilindros em linha, sobrealimentado por turbocompressor com “wastegate” elétrica e quatro válvulas por cilindro. Comando de válvulas no cabeçote por sistema eletro-hidráulico Multiair na admissão. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico
Potência: 125/130 cavalos a 5.750 rpm com gasolina/etanol
Torque: 20,4 kgfm a 1.750 rpm com gasolina/etanol
Transmissão: tipo CVT com 7 velocidades pré-programadas
Tração: dianteira
Suspensão: dianteira tipo MacPherson independente com barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos telescópicos pressurizados a gás, traseira com travessa deformável, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos telescópicos pressurizados a gás
Pneus: 205/60 R16
Freios: disco ventilado na frente e tambor na traseira, com ABS e EBD
Carroceria: utilitário esportivo cupê em monobloco com quatro portas e cinco lugares
Dimensões: 4,34 metros de comprimento, 1,82 metro de largura, 1,59 metro de altura e 2,65 metros de entre-eixos
Peso: 1.191 quilos
Porta-malas: 490 litros
Tanque de combustível: 47 litros
Preço: R$ 115.890

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Autor: Flash Motors

A nova Agência Flashmotors, do jornalista Daniel Dias, sucede a partir de novembro de 2025 a Agência AutoMotrix, do jornalista Luiz Humberto Monteiro Pereira, que faleceu em agosto do mesmo ano, deixando um legado de prestação de serviços de conteúdo editorial da indústria automotiva.


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