Avaliação: Commander Diesel é premium com eficiência

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O Jeep Commander era o que a marca americana precisava para completar seu portfólio no Brasil, adicionando um belo SUV de sete assentos e algo a mais.

Usando a base compartilhada do Jeep Compass, o Commander não é apenas uma versão alongada do mesmo, tendo sua própria identidade. Na versão Overland, ele expõe toda sua missão.

Bem equipado e sem os terríveis opcionais, insufladores de preços, o Commander Overland fecha a conta com o motor diesel 2.0 de 170 cavalos, que nele dispõe de torque extra.

O preço é alto e direcionado para clientes do segmento de luxo, saindo por salgados R$ 293.990, mas tendo vantagem sobre outros luxuosos com a eficiência maior do diesel e os sete assentos.

Detalhes do Jeep Commander 2024.

Por fora…

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O Jeep Commander Overland é um carro agradável aos olhos, com faróis full LED escurecidos mesclando com o preto brilhante da grade de sete barras.

Já o para-choque com luzes diurnas em LED e faróis de neblina também chama atenção. O aplique metalizado sob os retrovisores e a pintura de dois tons com branco perolado e preto lhe caem bem.

Destaque para o nome Commander em dourado na porta, que é de bom gosto, assim como o desenho das colunas D. As lanternas em LED com barra metalizada e o nome Jeep são discretos.

O mesmo serve para o para-choque traseiro, diferente das rodas aro 19 polegadas de desenho atraente. No teto, vidro panorâmico com acionamento elétrico e antena barbatana completam o conjunto.

Por dentro…

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O ambiente do Jeep Commander Overland obrigatoriamente remete ao luxo com revestimento premium de toque suave e agradável no painel.

Na versão testada, os bancos em couro, console e portas tinham tonalidade bege-claro, enaltecendo sua proposta, apesar de ser mais fácil de sujar. Os frisos são prateados.

O volante novo da Jeep agrada pela empunhadura e comandos acessíveis, enquanto o cluster digital é uma boa aposta, porém, com os mostradores dividindo mapa e dados, fica ruim.

Velocímetro e conta-giros ficam reduzidos demais e é preciso tirar parte das informações para ficarem em tamanho apropriado. Poderia ser revisto isso, já que há muito espaço na tela de 10,25 polegadas.

Já a multimídia se apresenta bem com suas 10,1 polegadas de área para projeções sem fio de Android Auto e CarPlay, além de câmera de ré e navegação GPS nativa, entre outros, etc.

Há conexão com internet 4G com Wi-Fi, mas é preciso adquirir o pacote através do próprio dispositivo. O ar-condicionado dual zone também tem seu controle no dispositivo acima.

O console em preto brilhante tem uma boa alavanca em couro e botão cromado dos modos de condução, além de freio de estacionamento eletrônico, Auto Hold e 4×4 Low.

Um carregador wireless é ótimo, porém, usando Waze por muito tempo, somente a fonte de 127V não te deixará na mão. Resolvido na frente, só peca pela falta de memória no banco do motorista.

Atrás, há difusores de ar e controle de ventilação, bem como uma útil fonte de 127V para aparelhos de até 150w. O espaço para as pernas é ótimo com cinco pessoas e limitado com sete.

Para quem vai na terceira fileira, até USB está disponível, assim como um espaço limitado para as pernas. Dá para levar dois adultos apenas em viagens curtas, sem muito prejuízo para o corpo.

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Com teto solar panorâmico, o Commander Overland tem vidros traseiros escurecidos e bagageiro com 233 litros com 7 pessoas ou 661 litros com 5. A tampa elétrica com sensor de pé ajuda.

O sistema de som Harman Kardon é outro diferencial importante no habitáculo do Commander, garantindo excelente qualidade de áudio.

Por ruas e estradas…

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O Jeep Commander Overland TD380 4×4 aproveita a mecânica dos Renegade Diesel e Compass Diesel para manter vivo esse combustível entre os carros mais luxuosos, o que é bem válido.

Ainda que use Arla32, acredite, o diesel ainda é uma opção vantajosa no Brasil, mesmo que custe igual ao etanol. No caso do Commander, a Jeep reforçou sua eficiência.

Nesse caso, a troca de turbina por uma maior, resultou num motor mais forte, ainda que os 170 cavalos a 3.750 rpm continuem lá. Já o torque passou de 35,7 para 38,7 kgfm a 1.750 rpm.

Isso, sem dúvidas, faz uma diferença num carro de 1.908 kg, que precisa deslocar-se com sete pessoas e mais bagagem.

Mesmo mais pesado e volumoso que o Compass, o Commander diesel perde pouco em performance, indo de 0 a 100 km/h em 11,6 segundos contra 10,7 segundos do irmão menor.

Contudo, a força do propulsor se impõe no dia a dia e essa diferença só se dá mesmo quando se enche o carro, mas nada que desabone o Commander, pelo contrário, ainda assim ele anda bem.

Tendo transmissão automática ZF 9HP de nove marchas, o Commander responde bem ao acelerador, roncando com o vigor do diesel e necessitando pouco de mudanças de marchas.

Apenas em subidas longas e muito íngremes, é que o giro fica entre 2.400 rpm e 3.500 rpm, mas é coisa breve.

Normalmente ele se mantém em 2.000 rpm na estrada, oscilando devido à topografia. Nas ultrapassagens, mesmo com pé suave, ele não reclama e acelera com disposição.

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A 110 km/h, ele navega a 1.700 rpm, garantindo assim muito conforto e economia, dado que seu motor tem menos esforço para vencer o caminho.

Quando é preciso realmente afundar o pé, o 2.0 Multijet com seus 1.956 cm³, embala o SUV rapidamente, dando muito mais segurança e comodidade.

O Commander Diesel roda o tempo todo no modo Auto, já que os demais modos são bem específicos, como Sand/Mud e Snow, com o primeiro usado apenas no off road leve.

Já o segundo, apenas use se você estiver lá na divisa entre SC e RS na alta do inverno sulista. Assim, no Auto, o sistema ajusta a tração conforme as condições da pista.

Bom de saída e aceleração, o Commander Diesel é um carro mais para se apreciar ao volante do que para buscar emoção numa condução esportiva. Subidas ou descidas, ele não decepcionará.

Na estrada, seu melhor habitat, o Jeep Commander Diesel é bem frugal, fazendo média de 16,6 km/l. Numa viagem longa que fizemos, ele teve média de 17,7 km/l na ida e 15,6 km/l na volta.

Isso pode ter sido influenciado ou pela topografia, ou devido ao combustível, ainda que o abastecimento para completar o tanque e enchê-lo tenha sido feito na rede Ipiranga com S10.

Na cidade, fez bons 10,5 km/l, o esperado para um veículo desse porte e peso. No Commander, o tanque tem 61 litros de capacidade, dando assim uma boa autonomia.

Para a cidade, apesar do tamanho, ele é ágil e desinibido, estacionando bem em vagas que visualmente não seriam aconselháveis, usando um sistema automatizado.

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Em manobras, tem alerta de tráfego traseiro, o que ajuda muito a evitar colisões. Com direção elétrica de resposta agradável, o Jeep Commander tem ainda freios bem ajustados ao porte.

Já a suspensão é bem confortável, mas também firme nas curvas e mudanças rápidas de direção, ajudada ainda pelas rodas aro 19 e pneus 235/50 R19.

Com bom isolamento acústico, o Jeep Commander Diesel garante conforto no dia a dia ou em viagens, sejam curtas de fim de semana ou interestaduais com família e tudo dentro.

Para este último, ainda há o controle de cruzeiro adaptativo com correção de faixa e seu alerta, ampliando a segurança e o conforto. Os faróis full LED garantem visão além do alcance comum.

Com ótimo conforto a bordo, excetuando-se as memórias inexistentes no assento do motorista, o rodar com o Commander Diesel é bem agradável.

Mesmo em estrada de terra do interiorzão do país ou o asfalto lunar das BRs da vida, como enfrentamos após uma longuíssima freeway cheia de pedágios, o Commander é “pra rodar”.

Por você…

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O Jeep Commander Overland é uma opção interessante devido a seu bagageiro amplo e capacidade para sete pessoas. E sua mecânica diesel supera uma proposta flex.

Como não há híbridos com sua capacidade na mesma faixa de preço, o Commander aparece bem, já tendo resposta do mercado para essa característica.

Ainda assim, ele tem um rival direto, o Mitsubishi Outlander HPE-S 2.2 diesel, que custa um pouco mais: R$ 296.990. O japonês tem conteúdo próximo, mas aparência bem cansada.

Já o Commander tem um design chamativo, que atrai olhares e inspira o luxo, ainda que tenha sim alguns pecados, mas são pontuais e corrigíveis em atualizações de meia vida.

Com um conjunto moderno e tecnologias de segurança e conectividade em dia com as prestações do mercado, o Jeep Commander Overland Diesel é uma opção que vale a pena.

Medidas e números…

Ficha Técnica do Jeep Commander Overland 380TD 2022

Motor/Transmissão

Número de cilindros – 4 em linha, turbo

Cilindrada – 1.956 cm³

Potência – 170 cv a 3.750 rpm (diesel)

Torque – 38,7 kgfm a 1.750 rpm (diesel)

Transmissão – Automática de 9 marchas com mudanças na alavanca e paddle shifts

Desempenho

Aceleração de 0 a 100 km/h – 11,6 segundos

Velocidade máxima – 197 km/h

Rotação a 110 km/h – 1.700 rpm

Consumo urbano – 10,5 km/litro

Consumo rodoviário – 16,6 km/litro

Suspensão/Direção

Dianteira – McPherson/Traseira – Multilink

Elétrica

Freios

Discos dianteiros e traseiros com ABS e EDB

Rodas/Pneus

Liga leve aro 19 com pneus 235/50 R19

Dimensões/Pesos/Capacidades

Comprimento – 4.769 mm

Largura – 1.859 mm (sem retrovisores)

Altura – 1.700 mm

Entre-eixos – 2.794 mm

Peso em ordem de marcha – 1.908 kg

Tanque – 61 litros

Porta-malas – 233 litros (7L) 661 (5L)

Preço: R$ 293.990

Jeep Commander Overland 380TD 2022 – Galeria de fotos

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X