Avaliação Jeep Wrangler Rubicon: Ele desafia a lógica urbana com brutalidade e meio milhão de reais

avaliacao jeep wrangler rubicon (1)
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O Wrangler é um símbolo – e talvez a maior prova – de que o espírito da Jeep atravessou mais de 80 anos se mantendo fiel à essência dos primeiros jipes civis surgidos logo após a Segunda Guerra Mundial.

No ano passado, a Jeep trouxe ao Brasil a versão Rubicon, a mais radical do Wrangler e também da picape Gladiator, ambas equipadas com o que há de mais robusto em motorização na marca norte-americana.

O motor Hurricane 2.0 a gasolina, de 272 cavalos de potência, no Wrangler, e o 3.6 V6, também a gasolina, de 284 cavalos, na Gladiator. Tudo associado à incomparável tração integral da Jeep.

Carregando uma herança gigantesca, o Wrangler – “lutador”, em tradução livre – é produzido no Complexo de Toledo, em Ohio, nos Estados Unidos, fábrica que preserva há décadas a identidade da Jeep.

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A unidade é considerada a “Capital do Jeep”, responsável pela produção do Wrangler atual e de seu antecessor, o JK, reforçando o elo da marca com suas raízes norte-americanas.

A nova grade frontal do Wrangler mantém as tradicionais sete fendas, agora com visual atualizado: faixas verticais texturizadas em preto, molduras metálicas em cinza e contornos na cor da carroceria.

O clássico “jipão” recebeu novas rodas de 17 polegadas com design exclusivo e pneus de uso misto.

As caixas de roda e o teto em preto conferem um visual mais esportivo e moderno, enquanto a paleta de cores adiciona os tons Cinza Anvil, Azul Hydro e Azul Earl às já conhecidas preto, Branco Bright, Cinza Granite e Vermelho Firecracker.

avaliacao jeep wrangler rubicon (3)
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O sobrenome “Rubicon”, somado ao emblema “Trail Rated”, coloca automaticamente o Wrangler no patamar de “veículo com potencial off-road extremo”, um orgulho sustentado pela Jeep há mais de oito décadas.

Essa competência não depende de um único equipamento, mas de um conjunto de soluções e tecnologias que posicionam o Wrangler como referência no universo 4×4.

Entre elas, estão a “Tração 4×4 Rock-Trac”, o bloqueio eletrônico dos diferenciais “Tru-Lok”, a desconexão eletrônica da barra estabilizadora, o sistema “Off-road+”, a “Câmera Off-Road”, a “Rock Rails”, os ganchos de reboque, as “Off-Road Pages”, os protetores de fora-de-estrada e o selo “Trail Rated”, que atesta a capacidade real de enfrentar condições extremas – não é enfeite, é certificação.

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Equipado com um verdadeiro arsenal tecnológico, o Wrangler traz teto e portas removíveis, para-brisa rebatível, faróis full-led, lanternas em led, aviso de colisão frontal com frenagem de emergência, comutação automática dos faróis, monitoramento de pontos cegos, controle de cruzeiro adaptativo (ACC), central multimídia Uconnect de 12,3 polegadas com Apple CarPlay e Android Auto wireless, quadro de instrumentos digital de 7 polegadas, câmera de ré, bancos revestidos em couro e dianteiros com ajustes elétricos, ar-condicionado dual zone, sistema de escoamento de água para lavagem interna, tapetes de borracha “All-Weather”, monitoramento da pressão dos pneus, airbags frontais e laterais e controle de estabilidade.

Experiência a bordo – Tradição rodeada de tecnologia

Estar no interior do Wrangler é como mergulhar no passado com todas as comodidades modernas ao alcance da mão.

Estar ao volante dele é ter a sensação permanente de poder enfrentar qualquer desafio – e não duvide: ele parece mesmo capaz de subir paredes. A cabine, ao mesmo tempo prática e sofisticada, ganhou materiais suaves ao toque e costuras contrastantes.

O console central traz linhas limpas e o painel envolve motorista e passageiros com ergonomia melhorada.

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O suporte AMPS, agora reposicionado na parte superior do painel, facilita a instalação de smartphones, tablets, GPS ou câmeras sem perfurações ou soluções improvisadas.

O pacote “Premium Cabin” acrescenta vidros dianteiros acústicos e isolamento extra no para-brisa, capota e colunas “B”, reduzindo ruídos de rodagem e vento.

O novo multimídia “touchscreen” de 12,3 polegadas – a maior já oferecida em um Jeep – domina o console central e abriga o sistema Uconnect 5.

Há sete entradas USB (A e C) distribuídas pela cabine e tomadas de 12 Volts para garantir energia a todos.

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Impressões ao dirigir – Simplesmente, apaixonante!

Porto Alegre/RS – O Wrangler é arrebatador. O difícil é se despedir dele. E se faltava algo ao modelo lançado em 1986, não falta mais.

O utilitário recebeu o portentoso motor turbo 2.0 Hurricane de 272 cavalos de potência a 5.250 rotações por minuto e 40,8 kgfm de torque a 3 mil rpm, associado à transmissão automática de 8 marchas e ao mais deslumbrante e espetacular sistema de tração integral já desenvolvido pela Jeep para os terrenos mais difíceis.

E vale repetir: “para os terrenos mais difíceis”. Se o Wrangler ficar preso em algum atoleiro, o problema não é o carro e sim o motorista, que certamente precisará fazer um curso de direção off-road.

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O motor é o mesmo que equipa as versões Blackhawk dos “irmãos” Compass e Commander. No Wrangler Rubicon, mesmo com mais de duas toneladas e toda a parafernália off-road, a sensação nas aceleradas é de um “coice”!

Daqueles de atirar as costas contra o encosto do banco. De acordo com a Jeep, o Wrangler acelera de zero a 100 km/h em nove segundos e pode chegar a pouco mais de 155 km/h, no asfalto, naturalmente.

A velocidade final é limitada eletronicamente por medidas de segurança e pelos pneus tipo todo-terreno. No Brasil, o Wrangler tem presença quase institucional.

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Não importa quantas unidades sejam vendidas – a própria Jeep admite. E também não importa o consumo, de 7,1 km/l na cidade. Ninguém compra um Wrangler para disputar prova de economia.

Outra diversão clássica é “pelar” o Wrangler, com a retirada de todo o teto e das quatro portas, além do rebatimento do para-brisa.

Mas não é tarefa trivial. Exige ferramentas – todas inclusas no pacote de equipamentos do carro –, paciência e um tempinho sobrando. Vale cada minuto.

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O Wrangler nasceu para ser usado, sujado, provocado. Quem quer mantê-lo imaculado, sinceramente, não gosta de aventura. E é no uso off-road severo que o Wrangler se sente em casa.

A tração “Rock-Trac” com reduzida 4:1 e “crawl ratio” de 77:1 entrega força absurda em baixíssima velocidade.)

Os diferenciais “Tru-Lok” travam os eixos mecanicamente, garantindo que duas rodas girem sempre juntas.

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O modo “Off-Road+” ajusta acelerador, controle de tração, transmissão e “Select-Speed” conforme o terreno.

A câmera frontal revela o caminho entre pedras, as “Rock Rails” protegem a cabine e as “Off-Road Pages” mostram dados de inclinação, imersão e coordenadas em tempo real.

 

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Ficha técnica – Jeep Wrangler Rubicon

Motor: 2.0 turbo a gasolina, dianteiro, quatro cilindros em linha, 1.995 cm³, taxa de compressão 10,0:1, turbocompressor com wastegate elétrica, injeção eletrônica direta
Potência: 272 cv a 5.250 rpm
Torque: 40,8 kgfm a 3 mil rpm
Transmissão: automática, 8 marchas
Caixa de transferência: Rock-Trac tipo “full-time” sob demanda e “part-time” com reduzida
Modo de operação: 2WD High, 4WD High Auto, 4WD Part-Time, 4WD Low, redução 4,0:1 Crawl Ratio 77:1, desconexão eletrônica da barra estabilizadora dianteira
Sistema de freios: discos nas quatro rodas (ventilados na dianteira) com ABS/ESC
Suspensão: eixo rígido com molas helicoidais, barra estabilizadora com desconexão eletrônica, amortecedores monotubo pressurizados
Direção: eletro-hidráulica
Pneus: 255/75 R17
Peso em ordem de marcha: 2.127 kg
Dimensões: 4,78 metros de comprimento, 1,87 metro de largura, 1,86 metro de altura, 3,008 metros de entre-eixos
Altura livre em relação ao solo: 27,4 centímetros
Ângulo de ataque: 43,9 graus
Ângulo de saída: 37graus
Ângulo de rampa: 22,6 graus
Porta-malas: 548 litros
Tanque de combustível: 104 litros
Preço: R$ 499 mil

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Autor: Flash Motors

A nova Agência Flashmotors, do jornalista Daniel Dias, sucede a partir de novembro de 2025 a Agência AutoMotrix, do jornalista Luiz Humberto Monteiro Pereira, que faleceu em agosto do mesmo ano, deixando um legado de prestação de serviços de conteúdo editorial da indústria automotiva.


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