Avaliação NA: Range Rover Evoque

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O Range Rover Evoque é daqueles carros que gastamos alguns minutos admirando suas linhas, antes de entrar e dar a partida.

Ele é sim tão bonito quanto por fotos, talvez até mais, e é totalmente desnecessário dizer que se trata do carro avaliado pelo NA que mais chamou a atenção das pessoas nas ruas. O motorista fica até meio sem jeito.

A Land Rover gentilmente nos cedeu uma unidade vermelha do Evoque, com cinco portas, da versão topo Dynamic e com teto branco.

O modelo tem sempre um motor 2.0 turbo de até 240 cavalos e 34,6 kgfm com câmbio automático Aisin AW F21 de seis marchas, que entrega um desempenho ótimo para o Evoque, apesar do peso que é de 1.640 quilos ou mais (esse peso é da versão de entrada, e a ficha técnica do modelo apenas diz “from 1.640 kg”).

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A versão Dynamic citada pode contar com o famoso pacote Tech, que adiciona os equipamentos mais desejados deste modelo: rodas de 20 polegadas, câmeras 360 (várias câmeras ao redor do carro), abertura e fechamento elétrico da tampa do porta-malas, monitor dual view no painel e sistema de som com 825 watts.

É claro que com esses itens todos, o Range Rover Evoque avança e bastante no preço, custando exatos 250.000 reais.

É bem mais do que a versão de entrada Pure, que com cinco portas custa 175.000 reais e não tem teto panorâmico.

Curiosamente a versão de três portas sempre custa mais que a equivalente com cinco portas, portanto o modelo mais caro é o de três portas na versão Dynamic, com pacote Tech: 255.000 reais.

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As linhas do Evoque são incríveis, e a sensação é certamente a sua dianteira, com faróis finos e iluminação diurna muito bonita.

Falemos um pouco sobre o interior do modelo.

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Range Rover Evoque – interior e acabamento

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O interior do Range Rover Evoque é igualmente impressionante. Especialmente na combinação feita para essa unidade de avaliação, que aliás chegou às nossas mãos com menos de 1.200 quilômetros rodados. Carroceria com pintura vermelha e interior bege, uma combinação de bom gosto.

O painel de instrumentos tem forração em couro e costuras bonitas e aparentes. O botão de partida fica em uma posição não muito ergonômica, poderia ficar mais embaixo, mas o volante fica muito bem posicionado, tem uma boa empunhadura e um acabamento impecável em couro.

Mas poderia pelo menos ter regulagens elétricas, coisa que modelos bem mais baratos como Azera e Cadenza tem.

O console central tem um desenho muito bonito, e flui com suavidade, vindo do painel e descendo até a área entre os bancos dianteiros.

Seu acabamento é de um plástico simples, mas os botões e detalhes tem um bom design. A alavanca usada para selecionar as marchas do câmbio fica escondido, apenas aparecendo depois da partida ser acionada. Tudo muito chique.

Logo abaixo deste botão temos o seletor de modo de uso do veículo, que tem os modos normal, dinâmico, areia, neve, etc. Os bancos dianteiros são confortáveis, tem regulagens elétricas, mas seu assento é um pouco estreito, com abas laterais que apertam as pernas de quem tem o corpo um pouco mais largo.

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A central multimídia com dual view que fica no centro do painel é um show à parte. Ela reune tudo que se pode imaginar, desde GPS, Bluetooth, rádio, entrada USB, iPod, até as várias câmeras que ficam ao redor do veículo.

São duas na frente, duas atrás e uma de cada lado (estas últimas embaixo dos espelhos retrovisores).

O som de 825 watts é de ótima qualidade, embora tenhamos achado que o som Bose da Audi tenha uma qualidade sonora ligeiramente superior.

Na traseira, o espaço fica um pouco apertado para levarmos três pessoas, e os ocupantes que ficam atrás dos bancos dianteiros não podem ter mais do que 1,80 metro de altura, sob a chance de terem de encolher um pouco as pernas durante todo o trajeto.

Para a cabeça o espaço é bom.

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Range Rover Evoque – Vídeo de detalhes

Range Rover Evoque – Comportamento e consumo na cidade

Apesar de ter mais de 1.600 quilos, o Evoque não é um carro lento, muito pelo contrário. Seu motor 2.0 turbo de 240 cavalos o impulsiona com uma facilidade tremenda. Estamos falando de acelerações quase tão boas quanto as de um carro menor com quase a mesma potência.

No vídeo da cidade citei que o desempenho é similar a de modelos da Volkswagen com aquele conjunto 2.0 turbo de 200 cavalos. E o Evoque consegue isso graças a uma potência boa (são 40 cavalos a mais) e também um torque bem superior.

São 34 kgfm.

Só que o pacote Tech de equipamentos adicionais que inclui também um jogo de rodas vistosas de 20 polegadas faz com que o Range Rover Evoque se torne um carro um tanto duro na cidade.

Se você não mora em uma cidade que é reconhecida por ter asfalto excelente, a compra do Evoque acaba não valendo a pena se você quiser conforto ao dirigir.

Os pneus de perfil baixo (45) são bem duros, e apesar da suspensão magnética do modelo acabam passando as imperfeições do piso para os ocupantes. Você acaba sentindo a vibração e o chacoalhar da carroceria, e também fica com muita dó quando pega buracos.

E se o desempenho do Evoque é muito bom, o consumo acaba assustando, afinal, estamos em um carro bem potente e pesado, o que faz com que o acelerador seja pressionado mais fundo com certa frequência.

Tivemos um consumo de nada menos que 4,3 km/l. Isso andando de maneira normal. É muita coisa.

Range Rover Evoque – Comportamento e consumo na estrada

Andar na estrada com o Evoque é muito gostoso. O modelo mantém em torno de 2.000 rotações andando a 100-110 km/h, entrega acelerações vigorosas e tem bastante silêncio a bordo. A vida a bordo apenas não é perfeita pois temos um pouco de ruído aerodinâmico nas portas.

Pra quem quer um pouco mais de esportividade na estrada, o Evoque tem várias cartas na manga. Passando o câmbio para a posição S já temos respostas mais rápidas. Mas a jóia da coroa é o modo Dynamic de condução.

Selecionando ele, a iluminação do quadro de instrumentos fica vermelha e notamos várias coisas que mudam no veículo.

O volante fica mais pesado, mais firme, e com respostas mais diretas.

A suspensão fica bem mais firme, a ponto de incomodar os ocupantes mesmo quando passamos em pequenas imperfeições do piso. E o acelerador fica sensível ao menor toque do seu pé direito.

Não que seja necessário ativar este modo para se ter um bom desempenho no Evoque, mas com este programa dinâmico, as coisas ficam ainda mais interessantes no que se refere ao desempenho.

Já, por outro lado, no consumo não temos tantas maravilhas.

O consumo que tivemos em percurso rodoviário foi de 10,6 km/l. Não foi um consumo alto como na cidade, mas também não é o melhor consumo que se poderia esperar de um carro que mantém apenas 2.000 giros na estrada.

Range Rover Evoque – Ficha técnica

Motor: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.999 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, duplo comando no cabeçote e turbocompressor. Acelerador eletrônico e injeção direta de combustível.

Transmissão: Câmbio automático com seis marchas à frente e uma a ré. Tração integral e possui controle eletrônico de tração.

Potência máxima: 240 cv a 5.500 mil rpm.

Aceleração 0 a 100 km/h: 7,6 segundos.

Velocidade máxima: 217 km/h

Torque máximo: 34,6 kgfm entre 1.750 e 3.500 rpm.

Diâmetro e curso: 87,5 mm X 83,1 mm. Taxa de compressão: 10,0:1.

Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson. Traseira independente do tipo Multilink. Oferece controle de estabilidade.

Freios: Discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira.

Pneus: 225/65 R17 (aro 20 no modelo testado)

Carroceria: Utilitário esportivo em monobloco com quatro portas e quatro lugares. Com 4,35 metros de comprimento, 1,96 metro de largura, 1,60 metro de altura e 2,66 metros de entre-eixos.

Peso: 1.640 kg em ordem de marcha.

Capacidade do porta-malas: 420 litros.

Tanque de combustível: 70 litros.

Produção: Liverpool, Inglaterra.

Lançamento: 2011.

Fotos Fábio Aro

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X