Carro-chefe da Peugeot no Brasil desde sua estreia, em 2013, substituindo o 207, mas com uma proposta 100% nova e não apenas uma evolução da família “200”, o 208 surgiu cheio de personalidade, a começar pelo volante pequeno, que permanece até agora, se espalhando também para outros modelos da marca francesa.
Fabricado na primeira geração em Porto Real (RJ), o 208 teve sua produção transferida, na segunda geração, para a Argentina, em El Palomar, onde é montado sobre a plataforma CMP (Common Modular Platform) e exportado para o Brasil e outros países da América Latina.
Agora, adotando as principais características do modelo europeu, especialmente as três garras felinas na frente e nas lanternas em substituição a apenas uma, a trajetória do 208 se firma cada vez mais, tornando-se “a cara da Peugeot”.
O 208 está disponível nas cores Branco Banquise, Branco Nacré, Preto Pérola Nera e Cinza Artense, com o Cinza Selenium (do modelo avaliado) sendo incorporado à paleta da Peugeot.
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O 208 tem atualmente quatro versões, a Active, a Style, a Allure e a GT, a do modelo avaliado, oferecendo a experiência completa do “Gran Turismo”.
A variante topo de linha é equipada com faróis full-led, acionamento automático das luzes, farol alto automático, reconhecimento e exibição de limites de velocidade, alerta de colisão iminente, frenagem automática de emergência, assistência de manutenção de faixa, rodas de liga leve de 17 polegadas com acabamento diamantado, câmera de visão traseira “VisionPark 180 Graus”, spoiler na tampa do porta-malas e um exclusivo volante de couro com o emblema “GT”.
Tudo isso é combinado ao motor T200 da Stellantis e ao câmbio tipo CVT de 7 marchas.
O 208 expressa seu magnetismo por meio do design, do desempenho e da tecnologia, e reafirma valores e inovações em um segmento no qual sempre foi protagonista.
A dianteira tem a nova identidade da Peugeot, introduzida na atual geração do 2008, com evolução no design do “logotipo do leão” e nova assinatura luminosa nos faróis e nas lanternas.
Com 4,05 metros de comprimento, 1,73 metro de largura, 1,45 metro de altura e 2,53 metros de distância de entre-eixos, o 208 atual conta com duas opções de motores, o 1.0 aspirado, combinado à transmissão manual de 5 velocidades com 75 cavalos de potência e o turboalimentado de 130 cavalos e 20,4 kgfm de torque, propulsor utilizado na configuração GT.
Os dois motores combinam baixos custos de manutenção, robustez e suavidade de operação.
Esses resultados são alcançados graças a componentes como o turbocompressor com wastegate eletrônico, a injeção direta de combustível e o exclusivo sistema MultiAir III, que proporciona um controle mais flexível e eficiente das válvulas de admissão.
Outro destaque desse trem de força é a aceleração. A potência e o torque aumentados, combinados a uma estrutura robusta e leve, levam o 208 GT de zero a 100 km/h em 9,4 segundos.
O desempenho do turbo da Stellantis acrescenta outros atributos. Combinado à transmissão CVT de 7 marchas, o motor Turbo 200 proporciona economia de combustível, tanto na estrada quanto na cidade.
O câmbio tipo CVT oferece três modos de operação. No “Automático”, o 208 GT se ajusta ao estilo de condução do motorista, equilibrando desempenho, eficiência e conforto.
O “Manual” é destinado para quem gosta de estar sempre no controle, permitindo trocas sequenciais por meio da alavanca de câmbio ou em “paddles shidters” atrás do volante.
Já o modo “Sport” intensifica a esportividade, ajustando a direção, o controle de estabilidade e o mapeamento do acelerador, otimizando as respostas e o tempo de troca de marchas e aproveitando ao máximo a potência do T200.
Experiência a bordo – Inovação digital
Quando foi lançada a primeira geração do hatch compacto, o 208 tornou-se o primeiro veículo de produção da marca francesa a ser equipado com o Peugeot i-Cockpit.
Essa inovação não surgiu por acaso. Inovador para a época, com sua estrutura em três níveis e volante compacto, o Peugeot i-Cockpit tornou-se uma marca registrada dos modelos da fabricante do leão lançados nos últimos anos.
Nos veículos mais recentes, o conceito evoluiu, ampliando a conectividade e proporcionando uma experiência imersiva com tecnologia 3D.
Com conforto e ergonomia em sua essência, o sistema tem quatro componentes principais: o volante compacto para otimizar a capacidade de manobra, o painel de instrumentos elevado, projetado para aumentar o conforto e a segurança do motorista, reduzindo distrações e mantendo o foco na estrada, a tela sensível ao toque, posicionada ao alcance dos dedos e na linha de visão do condutor, e o conjunto de teclas de atalho, que dá acesso direto às principais funções do veículo.
O painel digital oferece uma interface moderna e intuitiva, permitindo rápida visualização das informações essenciais.
Com opções de telas configuráveis, o motorista pode escolher entre o modo de mostrador tradicional, o modo minimalista (que exibe apenas informações relevantes para evitar distrações), o modo de condução, com dados sobre assistências ao motorista (exclusivo da versão GT), ou dois modos totalmente personalizáveis para selecionar quais informações serão mostradas na tela.
Na variante Allure, a tela é em 2D, enquanto a GT conta com uma exclusiva tela 3D, que adiciona um toque de modernidade e sofisticação com efeito tridimensional.
O interior do novo 208 tem ampla gama de conveniências. O volante é ajustável em altura e profundidade, garantindo conforto personalizado.
A central multimídia tem tela sensível ao toque de 10 polegadas, com integração para Apple CarPlay, Android Auto sem fio e Bluetooth.
Há ainda um novo carregador por indução de 15 watts para smartphones e espelhos de cortesia para o motorista e o passageiro da frente.
As versões Allure e GT são equipadas com controle automático de climatização digital, enquanto a Active oferece ar-condicionado manual e sistema keyless.
Impressões ao dirigir – Um “tiro” certeiro
Porto Alegre/RS – O Peugeot 208 sempre foi um carro extremamente agradável de se dirigir.
Com a adoção do motor T200, o 1.0 turbo bicombustível de três cilindros e 12 válvulas da Stellantis, já utilizado em outros modelos do conglomerado, como os Fiat Strada, Pulse e Fastback e os Citroën C3 You e Basalt, o 208 GT encontrou um casamento quase perfeito para empurrar seus 1.157 quilos com desenvoltura.
Na versão topo de linha do modelo da Peugeot, o 208 tem 125 cavalos de potência abastecido com gasolina e 130 cavalos com etanol, ambos a 5.750 rotações por minuto, e 20,4 kgfm de torque a 1.700 rpm.
O conjunto oferece bom equilíbrio e sintonia fina com o câmbio tipo CVT de 7 marchas simuladas.
O 208 turbo GT acelera de zero a 100 km/h em 9,2 segundos com gasolina e em nove segundos com etanol, podendo chegar a 206 km/h, ante apenas 164 km/h nas opções com motor 1.0 aspirado.
A avaliação dinâmica do 208 GT mostra um carro muito ágil no trânsito urbano e “solto” na estrada, com suspensão mais firme e tecnologia embarcada como destaques na dirigibilidade tanto na cidade quanto na estrada.
A receita para o 208 turbo se transformar em um “torpedinho” vem de uma das principais facetas do motor T200 e da relação direta com o peso do “carrinho”.
Esse propulsor tem um torque elástico em baixas rotações, tudo antes de cerca de 1.800 rpm, com o 208 sendo um “tiro” de largada e nas reacelerações. Isso empolga e transmite confiança para o motorista.
Se o 208 GT não é um carro genuinamente esportivo, também não faz feio para quem gosta de “brincar” com um veículo sempre na mão do motorista, contando com pacote completo de segurança, com controle de tração e estabilidade e assistente de partida em rampa.
Na segurança ativa, o “leãozinho” da Peugeot traz sistemas avançados de assistência ao condutor (ADAS), incluindo frenagem automática de emergência, alerta de colisão, detector de fadiga do motorista e reconhecimento de placas, com um adendo importante para os condutores mais “assustados” com a intromissão dos assistentes de condução.
Os sistemas ADAS têm atuação sutil no 208 GT e não intrusiva ou agindo de maneira desnecessária, “sem ser chamado”. Por isso, podem ficar ativados permanentemente.
Na segurança passiva, o carro tem seis airbags (frontais, laterais e de cortina). O conjunto suspensivo é firme, mas nada parecido com suspensão propositadamente dura do Mini Cooper, para efeito de comparação.
O 208 GT surpreende favoravelmente também no consumo.
De acordo com o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro, o 208 turbo tem consumo de 12,5 km/l (gasolina) e 8,8 km/l (etanol) na cidade, e 14,1 km/l (gasolina) e 10 km/l (etanol) na estrada.
Ficha técnica – Peugeot 208 GT turbo
Motor: 1.0 Turbo T200 Flex, 3 cilindros, 12 válvulas
Potência: 125 cv (gasolina) / 130 cv (etanol) a 5.750 rpm
Torque: 20,4 kgfm a 1.700 rpm
Câmbio: automático CVT com 7 marchas simuladas
Aceleração de zero a 100 km/h: 9s (etanol)
Velocidade máxima: 206 km/h
Tração: dianteira
Direção: elétrica com assistência variável
Carroceria: hatch compacto de 5 lugares
Dimensões: 4,05 metros de comprimento, 1,73 metro de largura, 1,45 metro de altura, 2,53 metros de entre-eixos
Suspensão: dianteira tipo MacPherson, independente, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos telescópicos pressurizados a gás e barra estabilizadora, traseira, multilink deformável, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos telescópicos pressurizados a gás
Rodas: liga leve de 17 polegadas
Pneus: 205/45 R17
Freios: discos ventilados na frente e tambor atrás
Peso: 1.157 kg
Porta-malas: 311 litros
Tanque de combustível: 47 litros
Preço: R$ 123.990
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