O escorpião voltou ao Brasil, mas agora naturalizado e com direito até à rede própria de revendedores, sendo essa a marca Abarth a bordo do Pulse, o primeiro SUV da submarca.

Sem a marca Fiat, o Pulse Abarth é a proposta esportiva da italiana para se contrapor ao VW Polo GTS, adicionando o potente GSE 1.3 Turbo de até 185 cavalos, porém, automático.

Diferente do Fiat Fastback Limited Edition by Abarth, o Pulse Abarth tem a preparação da divisão de performance da marca e isso faz enorme diferença no desempenho e na emoção.

Custando R$ 149.990, pouco acima do Polo GTS, o Pulse Abarth é um SUV de desempenho e, apesar de ser baseado no Fiat Pulse, tem sua identidade com roncar forte e ter o “Poison” (Veneno em inglês)…

Índice

Por fora…

O Pulse Abarth tem um ar agressivo natural da submarca da Fiat, com faróis full LED escurecidos e uma grade em Black Piano com design próprio e o logotipo da Abarth.

Com pequeno spoiler na base, o Pulse Abarth tem um filete vermelho-vivo, que se estende para os retrovisores com repetidores de direção e as tradicionais faixas laterais com nome Abarth.

Um brasão da Abarth também pode ser visto nas laterais, assim como saias de rodas de protegidas com design exclusivo, assim como protetores na base das portas.

As rodas pretas com calotas centrais nos cubos da Abarth passam a impressão de parafuso único, enquanto a traseira incorpora difusores de ar, escape duplo cromado e defletor de ar.

Por dentro…

Dentro, o Pulse Abarth tem ambiente escurecido, das colunas até o teto, incluindo ainda os bancos em couro preto, com costuras vermelhas e logo da Abarth bordado nos encostos.

O acabamento também é visto no apoio de braço central e no volante esportivo, com logo do escorpião, paddle shifts e o botão Poison, o modo de desempenho do Pulse Abarth.

No painel, acabamento diferencial com textura clara, assim como friso vermelho e uma plaqueta da Abarth no lado do passageiro.

Nas portas, apenas a textura do painel aparece, com revestimento em couro nos apoios de braço e com costuras vermelhas, tendo comando para rebatimento elétrico dos retrovisores.

Com tela de 10,1 polegadas, a multimídia Uconnect vem com Android Auto e CarPlay, ambos sem fio, além de câmera de ré e demais funcionalidades, incluindo serviços remotos.

Tendo ar condicionado automático, ajustado na multimídia, o Pulse Abarth tem cluster digital com três visuais e configurável, com freio de estacionamento eletrônico e Auto Hold no console.

Na instrumentação digital de 7 polegadas, pressão do turbo e um medidor de força G, chamam atenção, enquanto atrás, os passageiros contam com difusores de ar e entradas USB.

No teto, retrovisor eletrocrômico e o sistema de concierge e SOS da Fiat. No porta-malas, os mesmos 370 litros do Pulse e não há subwoofer e nem sistema de som premium, uma ausência notável.

Por ruas e estradas…

O Pulse Abarth não poderia ter outro propulsor que não o GSE 1.3 Turbo Flex, o mesmo empregado na Fiat Toro e os modelos nacionais da Jeep, assim como no Fastback by Abarth.

Se fosse nos tempos da FCA, certamente seria um 1.4 Fire MultiAir Turbo, que era o motor preferido da Abarth, mas o GSE tem números maiores e melhores que o velho 1.4 italiano.

Com quatro cilindros e 1.332 cm³, o GSE 1.3 Turbo do Pulse Abarth não teve alterações nos números fornecidos em comparação com os veículos citados, mas a programação é diferente.

Tendo turbocompressor e intercooler, além de injeção direta de combustível, o GSE 1.3 Turbo do Abarth dispõe de 180 cavalos na gasolina e 185 cavalos no etanol, ambos a 5.750 rpm.

Oferecendo torque de 27,5 kgfm a 1.750 rpm, o GSE 1.3 Turbo é bem elástico e pode trabalhar de forma mansa abaixo de 1.500 rpm ou apontar nos 6.000 rpm com ronco bom de ouvir.

De resposta rápida, o motor do Pulse Abarth sobe de giro rapidamente e lança o crossover na frente de outros carros nas saídas de semáforo, passando exatamente a sensação esperada.

Com transmissão automática Aisin de seis marchas, reprogramada para funcionar com o Pulse Abarth, o esportivo da Fiat o 1.3 turbinado permite arrancadas bem animadas.

Na estrada, o Pulse Abarth sobra em ultrapassagens e retomadas, com controle pleno em mudanças manuais nos paddle shifts ou na alavanca, mantendo-se o giro bem acima de 4.000 rpm.

O Pulse Abarth tem uma programação que converte o crossover num carro agressivo apenas subindo de rotação, mas ainda sem ser o máximo que o SUV da Fiat pode entregar.

Para realmente ter tudo, é preciso apertar o botão vermelho do modo Poison, bem lembrado nas soleiras personalizadas do habitáculo com a inscrição “Pick your poison” (Escolha seu veneno em inglês), deixando o GSE 1.3 Turbo como outro motor.

Bem mais arisco, no modo Poison, o Pulse Abarth não flutua na frente nas saídas mais fortes, graças à preparação da marca, evitando assim que uma sensação desagradável apareça logo de cara.

Apesar da mudança de modo de condução, a direção elétrica não tem a resposta que esperávamos ver no Pulse Abarth, ou seja, mais direta e responsiva.

Isso pode ser revisto pela Abarth adiante, assim como adição de um modo individual, com customização. Tendo pedais esportivos, o Pulse esportivo tem freios bons, mas poderia ter discos traseiros.

Já a suspensão é mais firme e um pouco mais baixa que a do Pulse comum, gerando boa estabilidade com rodas aro 17 polegadas e pneus 215/50 R17.

Em estrada, o conjunto é bom e garante estabilidade adequada em curvas, porém, em pisos ruins, a vibração a bordo se apresenta, com excesso na tampa do bagageiro, como no Fiat Pulse.

O Pulse Abarth ronca muito bem com o modo Poison ampliando o ruído grave do escape duplo, bem como o som da válvula de alívio se tiver com as janelas abertas.

Rodando a 110 km/h, o ponteiro digital aponta para 2.200 rpm, com consumo de 14,1 km/l enquanto na cidade, ele fez 9,5 km/l, ambos com gasolina.

De 0 a 100 km/h, o Pulse Abarth faz em 7,6 segundos e com velocidade final de 215 km/h.

Com dinâmica de condução boa, o Pulse Abarth tem um desempenho interessante e pode ser melhorado com as adições apontadas.

Por você…

No mercado, o Pulse Abarth está pouco acima do Polo GTS, sendo mais potente e isso conta, pois, seus números de aceleração e velocidade final superiores ao do esportivo da Volkswagen.

Tendo uma calibração própria e feita para extrair um desempenho realmente esportivo a um SUV compacto de entrada, o Pulse Abarth se dá bem com uma proposta de performance.

Bem recheado, traz sistemas como Uconnect, Connect////Me e projeções sem fio, o Pulse Abarth tem ainda entrada USB-C e carregador indutivo de smartphone.

O controle de cruzeiro tem ajuda de um alerta de faixa, que apenas avisa o condutor nas saídas de pista ou faixa, mas peca por não ter sistema de som potente e nem modos adicionais.

Diante do Polo GTS, que custa R$ 146.790, o Pulse Abarth leva vantagem por ter mais força e ter altura elevada por ser um SUV, diferente do hatch, que tem altura padrão e não exclusiva.