O Volkswagen T-Cross é o SUV mais vendido do país e se tornou um player forte no segmento desde seu lançamento, chegando a ser o carro mais vendido durante um período em 2020.
Com bom espaço interno e bagageiro mediano, o T-Cross conquistou muita gente, mas também é um rei de frotas, tendo a maioria de suas vendas na modalidade direta.
Seja como for, o T-Cross segue como boa referência no mercado, tendo desempenho adequado e confiabilidade, ainda que deva em acabamento e outros quesitos.
Nesta versão 200 TSI, a antiga opção de entrada antes da chegada da Sense, o T-Cross 2025 — já renovado visualmente — se apresenta numa faixa de preço importante: R$ 148.990. Aqui, com alguns opcionais, fica um pouco mais caro.
Vale a pena?
Visual aceitável
A atualização deixou o VW T-Cross em dia com seu tempo de mercado, com destaque para os faróis duplos de LED e barras de LED para luzes diurnas. O redesenho do para-choque não entusiasma.
Na traseira, o mesmo efeito não muda, mas as lanternas em LED num conjunto mais volumoso, ajudam a dar mais robustez visual ao T-Cross.
No pacote Interactive IV, as rodas de liga leve aro 17 polegadas com pneus 205/55 R17 ajudam a dar mais esportividade ao carro, que tem ainda barras no teto e retrovisores com rebatimento elétrico desse pacote opcional.
Dentro, o Volkswagen T-Cross 200 TSI apresenta o ar sóbrio de sempre, com tonalidades em preto e cinza, destacando o painel com revestimento soft costurado de boa impressão.
A multimídia com sua nova tela destacada de 10,1 polegadas com o VW Play chama a atenção e nela temos câmera de ré, Android Auto e CarPlay, Waze nativo, aplicativos de serviços, etc. Computador de bordo também está incluído.
O cluster digital de 8 polegadas centra tudo num instrumento circular único, configurável logicamente, com conta-giros, velocímetro e econômetro, assim como uma tela de computador de bordo.
Apesar de bem inferior ao Active Info Display de 10,25 polegadas, atende bem no dia a dia. Já o volante multifuncional tem boa empunhadura e comandos fáceis, além de ajustes ótimos. Com paddle shifts, tem ainda função do ACC.
O 200 TSI não tem ar condicionado touchscreen como Comfort e Highline, tendo ainda acabamento em tecido com malharia simples em dois tons, com apoio de braço central dianteiro e revestimento simples nas portas, onde os plásticos duros dominam.
Como na Highline, o T-Cross passa longe de um acabamento que dê gosto de olhar e sentir. Atrás, sem saídas de ar condicionado, ele também decepciona em não ter apoio de braço central. Pelo menos existem duas portas USB-C.
Já o porta-malas, que chega até 420 litros, dependendo do ajuste de banco traseiro, ainda que falte um assoalho móvel nessa versão de acesso.
O bom desempenho de sempre
Podemos reclamar do acabamento, do preço ou de qualquer outra coisa do T-Cross, mas não podemos dizer o mesmo do desempenho, sempre bom, apoiado pelo EA211 1.0 TSI, aqui em sua forma plena.
Com sua injeção direta flex e turbocompressor, o 1.0 TSI atual continua longe de irmãos mais modernos como o 1.5 TSI Gen III.
Mesmo assim, se presta bem ao que propõe, mesmo com uma caixa automática de seis marchas Tiptronic, que logo mais será de oito velocidades.
Com 116 cavalos na gasolina e 128 cavalos no etanol, ambos a 5.500 rpm, além de 20,4 kgfm a 2.000 rpm, o T-Cross tem bom torque em baixa e saídas agradáveis, dada a disposição em reagir rápido do 1.0 TSI.
De funcionamento suave, ainda que o isolamento acústico precise de reforço, o conjunto motriz deste SUV responde bem e garante até um desempenho esportivo se a ideia for manter o giro alto.
Cortando pouco depois dos 6.000 rpm, o 1.0 TSI é bem elástico e apresenta boa retomada de velocidade, com motor sempre cheio e disposto a entregar mais. Ainda que a programação seja pela frugalidade, é difícil tirar o vigor desse motor.
Podendo-se ainda usar os paddle shifts, que na VW não são decorativos como em algumas marcas, o T-Cross 200 TSI fica bem esperto.
Mesmo que ainda não esteja no modo Sport, posicionado na alavanca de pomo estilizado, ele é bem ágil, com giros na faixa dos 1.500 rpm na cidade e pouco acima de 2.000 rpm na estrada.
Nessas faixas, garante conforto ao dirigir e alguma economia. Com saídas bem espertas, faz ultrapassagens em rodovia com tranquilidade, subindo giro rapidamente e passando sem esgoelar.
Já no modo Sport, sempre cheio e com respostas imediatas, enquanto no modo manual, tanto nas borboletas quanto na alavanca, explora cada marcha ao limite, com o sistema cortando no alto e mudando de marcha embaixo, como proteção.
Com 4,218 m de comprimento, 1,760 m de largura, 1,571 m de altura e 2,651 m de entre eixos, o T-Cross 200 TSI com seus 1.259 kg, vai de 0 a 100 km/h em 10 segundos e com final de 192 km/h.
Rodando na cidade, conseguimos média de 12,3 km/l, enquanto na estrada, a 80 km/h, fez 18,3 km/l, com 16,7 km/l a 100 km/h e 14,9 km/l a 120 km/h, sempre com a gasolina da VW.
Com direção firme e progressiva, sendo ela elétrica, o T-Cross 200 TSI tem bom controle direcional, portando freios adequados para sua proposta e um juste de suspensão firme.
Como é conhecido de qualquer VW, nesse caso, deixa um pouco a desejar em pavimentos ruins e também naqueles que já são desconfortáveis desde sempre, como paralelepípedos e bloquetes.
A boa altura da suspensão salva-o de lombadas grotescas e de pequenos alagamentos. Bom de estabilidade, apresenta dirigibilidade agradável.
Ter ADAS parcial ajuda
O T-Cross 200 TSI traz de série o controle de cruzeiro adaptativo, um adicional importante na linha 2025, tendo com ele frenagem automática de emergência e ajuste de distância de detecção.
O pacote Interactive IV presente no carro acrescenta R$ 2.080, incluindo sensor de estacionamento dianteiro, câmera de ré e a função til down no retrovisor.
Naturalmente faltam-lhe alguns itens, mas o ADAS parcial já ajuda muito. Todavia, no mercado, o Hyundai Creta Comfort 1.0 TGDI atualizado começa em R$ 141.890.
Ainda assim, o T-Cross 200 TSI está melhor que o Chevrolet Tracker LT, mais simples, que custa R$ 147.890. Existem vários concorrentes do SUV da VW e até elétricos chineses.
Mas, para ter um SUV compacto, com os atributos citados, ainda que deponha em alguns aspectos, o T-Cross continua sendo uma opção que merece atenção.
Volkswagen T-Cross 200 TSI 2025 – Galeria de fotos
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