Ofensiva nos SUVs, a Volkswagen não quis perder mais tempo e trouxe o Taos para completar sua atuação no segmento que mais cresce no mercado brasileiro.
Posicionado acima do T-Cross, o modelo importado da Argentina chega para peitar players de peso, como Jeep Compass e Toyota Corolla Cross. Nessa missão, o Taos traz um meio-termo.
Sem buscar potências elevadas ou apostar em hibridização, o VW Taos concentra num conjunto já conhecido pelo consumidor, e não estamos falando apenas do motor 1.4 TSI.
Tendo foco em conectividade e segurança, o Taos traz mais do mesmo num porte maior, ampliando o conforto para a família e evidentemente num preço superior: R$ 181.790.
Com tudo dentro, como na Avaliação NA, o Taos Highline chega a R$ 192.470, seguindo assim o barco dos preços irreais de um mercado que sofre sua segunda crise. Vale? Vejamos.
Índice
Por fora…
O Volkswagen Taos não quis repetir uma receita chinesa e muito menos ser um produto conhecido na Europa. Assim, a frente expressiva não é de tão bonita, mas o difere bem destes.
Os faróis de LED com tecnologia IQ.Light são atraentes, ainda mais por conectarem-se através da grade iluminada. Mas, o para-choque com vincos pronunciados destoa um pouco.
Aliás, o excesso de vincos no capô parece remeter a um utilitário do passado, que não existiu. Com colunas C largas e o teto preto, o Taos Highline tem até uma boa fluidez na cabine.
Atrás, as lanternas em LED não surpreendem em estilo, mas cumprem bem sua função e dão boa impressão. Já as rodas aro 18 escurecidas casam bem com o preto de teto e para-choque.
Por dentro…
Em seu interior, o Volkswagen Taos traz a receita já vista em outros modelos recentes da marca alemã, com um acabamento que vai, da frente para trás, perdendo importância…
No próprio painel, a parte superior não é soft, mas em plástico duro. A parte central em cinza brilhante é vistosa, e o tecido costurado logo abaixo, busca reconhecer o status do produto.
Você não vai encontrar esse material imitando couro no T-Cross, por exemplo. Ele é estendido também às portas dianteiras. Nesse caso, a impressão é boa.
Nestas entradas dianteiras, contudo, o material na parte superior é levemente soft, mas a coisa para por aí. Seguindo para trás, o Taos repete o Jetta, trazendo plásticos em dois tons.
Um deles busca imitar a tonalidade marrom-clara do painel e portas dianteiras. Pelo menos, nesse caso, a lataria do veículo foi totalmente oculta por este revestimento, diferente do sedã.
De volta ao que não é novidade, o conjunto cluster-infotainment atrai a atenção, deixando esses detalhes de lado… O Active Info Display de 10,25 polegadas é o mesmo de Polo e Virtus.
Já a VW Play segue o Nivus e T-Cross, com aplicativos de serviços online, e usa bem a conexão 4G do smartphone para tudo, inclusive seu Waze nativo.
É preciso aí conectar Wi-Fi do smartphone no carro e igualmente o Bluetooth para as outras coisas, como ouvir as mídias do aparelho. O bom é que o carregador wireless é potente.
Isso não deixará seu smartphone na mão, mas se preferir o Android Auto ou CarPlay, há três entradas USB-C para isso, basta ter um conector com duas saídas iguais.
Na tela de 10,1 polegadas, vai também os comandos do ar-condicionado dual zone, assim como as sete cores da iluminação em LED do painel e portas.
Tem câmera de ré e ajustes do sistema de som Beats Audio, ótimo, assim como altera os modos de condução e outros dados do carro.
Uma função off-road indica até a direção das rodas dianteiras. Além disso, o VW Taos Highline vem com bancos confortáveis, tendo o do motorista ajuste elétrico (com lombar), sem memória.
O banco do passageiro tem ajuste em altura manual. Atrás, o espaço é muito bom para as pernas, mesmo com um motorista alto na frente. O apoio de braço e as saídas de ar pontuam.
Os encostos ficam em boa posição e o teto solar panorâmico deixa o ambiente mais iluminado e agradável. Nele, as luzes de leitura são em LED, assim como a iluminação geral.
Já o bagageiro é suficiente para viagens ou compras do mês, tendo 498 litros e podendo ser ampliado com o banco bipartido. Apesar do detalhe do acabamento traseiro, o resto é agradavel.
Por ruas e estradas…
Antes que você pense num certo SUV alemão já bem conhecido, o Taos não tem nada a ver com ele. Não se trata de um Tiguan nacionalizado (na Argentina, é claro) ou retocado.
O Volkswagen Taos é um SUV que passa impressão (real) de leveza em relação ao Tiguan Allspace e também ao antigo, que era do mesmo tamanho.
Com seu motor EA211 1.4 TSI de 150 cavalos a 5.000 rpm e 25,5 kgfm de 1.400 rpm a 4.000 rpm, o VW Taos tem mais força para mover seus 1.420 kg.
De fato, ele é bem mais leve que as gerações do Tiguan, incluindo o 1.4 TSI. Com boa disposição, o propulsor de quatro cilindros com turbo e injeção direta sobra no dia a dia.
Com relações de marcha adequadas, o Taos parece até menor ao rodar com desenvoltura, seja no modo Eco ou no Normal, ele age de forma esperada, dada a força conhecida do motor.
Enchendo desde os 1.400 rpm, o 1.4 TSI garante boas arrancadas e saídas de semáforo entusiasmantes, com retomadas muito espertas, o que nos faz até desconfiar de seus números.
Subindo para 5.000 rpm, o Taos responde como se fosse um esportivo, se comportando assim com o modo Sport, que realmente o deixa mais nervoso e gostoso de acelerar.
Mudando-se marchas no manual e ainda com o Sport do câmbio, lembramos que cada modo altera parâmetros de motor, câmbio, direção, sistemas, etc.
Ainda que seja maior e mais pesado que o T-Cross Highline, o Taos Highline anda quase como o irmão menor, mas não “flutua” tanto como o pequeno, ao ser mais exigido.
Seu motor está bem dimensionado para seu porte e proposta, garantindo ainda conforto no dia a dia. Um detalhe no Taos é que os modos de condução são ativados na central multimídia VW Play.
No modo Eco, por exemplo, mesmo que o display indique esse modo como ativo, ele precisa mostrar a letra “E” no cluster, caso contrário, estará no Normal. O mesmo em relação ao Sport.
Que por sua vez difere do Sport (“S”) da transmissão Tiptronic, que altera apenas o câmbio. No Individual, você personaliza à vontade.
Rodando na cidade, com gasolina, o VW Taos fez bons 9,9 km/l, enquanto na estrada, em cruzeiro, ele marca 13,6 km/l. Com seu tanque de 51 litros, dá quase 700 km de alcance.
A 110 km/h, o novo SUV médio da VW marca 2.000 rpm, o que torna a viagem mais agradável, ainda que o ruído do 1.4 TSI seja bem perceptível ao imprimir o acelerador.
Por ser tão silencioso na desaceleração, que no trânsito urbano ainda tem o Start&Stop, o Taos poderia ter filtrado mais o propulsor em regimes mais baixos de giro, com o ronco alto normal.
Com direção elétrica bem responsiva e freios bem calibrados, o Volkswagen Taos tem uma pegada agradável e uma suspensão mais acertada para o conforto, assim como no T-Cross.
É daí que vem a sensação de se estar em um SUV mais acertado para as condições locais. O conjunto com braços multilink na traseira agrada bastante.
Tanto em ruas de piso ruim quanto na estrada sinuosa, o acerto é bom, mas a dinâmica de condução não é a mesma do Tiguan.
Ainda assim, tem boa estabilidade em curvas e desvios rápidos de trajetória. Mesmo com rodas aro 18 polegadas, ele passa bem em certos pisos ruins, com apenas alguns ruídos internos.
Como um projeto para mercados fora da Europa, o Taos tem um recheio menos consistente, o que o aproxima mais do T-Cross em comportamento e menos do Tiguan.
Obviamente, o Taos é superior em dirigibilidade ao T-Cross e diferente do Tiguan Allspace, que tem peso superior e um conjunto mais firme.
Além da boa direção oferecida, o SUV argentino traz ainda um pacote de assistência apenas bom, pois, lhe falta alerta de faixa e o controle de cruzeiro adaptativo não é Stop-Go.
Também não há um Park Assist, somente assistência para estacionar com sensores de estacionamento. O T-Cross Highline completo tem.
Já os faróis full LED iluminam bem e vem com a função IQ Light, para evitar o ofuscamento de outros condutores, tendo ainda iluminação extra em curvas.
O alerta de ponto cego funciona muito bem, assim como o aviso de tráfego traseiro, alertando sobre carros, motos e pessoas cruzando atrás do SUV.
O tilt down tem um bom delay após operação, mas os retrovisores possuem basculamento elétrico e desembaçador. Frenagem automática e detector de pedestres estão presentes.
Por você…
O Volkswagen Taos é uma interessante proposta premium com um ajuste mais local, tendo a seu favor, um conjunto mecânico que lhe dá desempenho e consumo bons.
Além disso, vem com conectividade em dia, apesar de não ter 4G nativo, fornecendo serviços de forma remota a partir do carro. Também tem espaço e porta-malas generosos.
Faltam alguns itens, é verdade, que realmente deveriam estar num carro que custa quase R$ 200 mil. Até uma tampa de acionamento elétrico poderia estar presente por esse preço.
No pacote de lançamento, além de teto e retrovisores pretos, como as rodas escurecidas, traz som Beats com 8 alto-falantes e bancos parcialmente em couro.
O teto solar é outro opcional.
Com mais espaço e porta-malas que o líder do segmento, o Jeep Compass, o Volkswagen Taos tem atributos que merecem ser considerados por quem busca um SUV médio desse porte.
Medidas e números…
Ficha Técnica do Volkswagen Taos Highline 250 TSI 2022
Motor/Transmissão
Número de cilindros – 4 em linha, turbo e injeção direta
Cilindrada – 1.395 cm³
Potência – 150 cv a 5.000 rpm (gasolina/etanol)
Torque – 25,5 kgfm a 1.400 rpm (gasolina/ etanol)
Transmissão – Automático com seis marchas e troca manual na alavanca ou volante
Desempenho
Aceleração de 0 a 100 km/h – 9,3 segundos
Velocidade máxima – 194 km/h
Rotação a 110 km/h – 2.000 rpm
Consumo urbano – 9,9 km/litro (gasolina)
Consumo rodoviário – 13,6 km/litro (gasolina)
Suspensão/Direção
Dianteira – McPherson/Traseira – Multilink
Elétrica
Freios
Discos dianteiros e traseiros com ABS e EDB
Rodas/Pneus
Liga leve aro 18 com pneus 215/55 R18
Dimensões/Pesos/Capacidades
Comprimento – 4.461 mm
Largura – 1.841 mm (sem retrovisores)
Altura – 1.626 mm
Entre-eixos – 2.680 mm
Peso em ordem de marcha – 1.420 kg
Tanque – 51 litros
Porta-malas – 498 litros
Preço: R$ 181.790 (preço base) R$ 192.470 (versão avaliada)
Volkswagen Taos Highline 2022 – Galeria de fotos
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