A BMW se junta ao grupo de montadoras que enfrentam consequências legais por irregularidades ambientais.
A empresa chegou a um acordo de US$ 6 milhões para compensar proprietários de modelos X5 xDrive35d (2009-2013) e 335d (2009-2011).
O caso, que se arrastou por anos, envolve acusações de que esses veículos, comercializados como “diesel limpo”, utilizavam dispositivos para mascarar emissões reais durante os testes.
Os autores do processo alegam que os carros cumpriam os testes oficiais graças a dispositivos desenvolvidos pela Bosch, mas em condições normais de direção, emitiam poluentes em níveis ilegais.
Apesar de negar qualquer irregularidade, a BMW optou por encerrar o caso com o acordo, evitando prolongar os custos, o desgaste e a exposição negativa.
Como ocorre frequentemente nesses casos, uma grande parte do valor vai para os advogados. Dos US$ 6 milhões:
– US$ 1,998 milhão será destinado a honorários advocatícios.
– US$ 1 milhão cobrirá despesas legais.
– Apenas US$ 90.000 irão para os 18 autores iniciais do processo, com cada um recebendo US$ 5.000.
O restante será dividido entre os proprietários e locatários afetados que comprovarem elegibilidade. Os pagamentos serão feitos em 2025, e o valor exato dependerá do número de solicitações e do tempo de posse ou locação do veículo.
Quem pode solicitar compensação?
Os proprietários ou locatários dos modelos BMW X5 xDrive35d e 335d, adquiridos ou alugados até 28 de fevereiro de 2024, são elegíveis para o pagamento. Para receber, os interessados devem enviar uma solicitação com a documentação necessária até 18 de dezembro de 2024.
Um problema sistêmico
Cerca de 127.000 unidades dos modelos mencionados foram vendidas com o suposto dispositivo fraudulento. Esses veículos contribuíram para a poluição ambiental durante anos, passando despercebidos até que o caso veio à tona.
Embora o acordo represente uma forma de responsabilização, ele também evidencia um padrão em casos semelhantes: os advogados saem com a maior parte dos ganhos, enquanto os consumidores impactados recebem compensações mínimas.
Isso levanta questões sobre a eficácia dos processos judiciais como ferramenta para proteger consumidores e responsabilizar empresas.
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