
A clássica disputa entre BMW e Mercedes-Benz ganhou novos contornos em 2025, e os números do terceiro trimestre mostram que a balança agora pesa fortemente para o lado da BMW.
Enquanto a marca de Munique mostra fôlego em vendas globais, sua rival de Stuttgart vive um momento delicado, acumulando quedas relevantes em mercados estratégicos e, sobretudo, nos segmentos de eletrificação.
Entre julho e setembro, a Mercedes vendeu 441.500 carros de passeio, uma retração de 12% em relação ao mesmo período de 2024.
Quando somados os veículos comerciais, o total do grupo vai para 525.300 unidades, mas ainda com a mesma queda percentual, refletindo um desempenho preocupante no acumulado do ano.
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Do outro lado, a BMW apresentou um cenário oposto: vendeu 514.620 unidades apenas da marca principal, o que representa um crescimento de 5,7%.
Incluindo Mini, Rolls-Royce e a divisão esportiva M, o BMW Group fechou o trimestre com 588.300 veículos entregues, um avanço sólido de 8,8% no comparativo anual.
O contraste fica ainda mais evidente quando se observa mercados-chave, como o norte-americano.
Nos EUA, onde as tarifas impactaram duramente as marcas europeias em 2025, a Mercedes viu suas vendas desabarem 17%, totalizando 70.800 unidades no trimestre.

A BMW, contrariando a lógica, avançou impressionantes 24,9% no mesmo período, alcançando 297.247 veículos vendidos — uma diferença que não passa despercebida.
Na China, outro campo de batalha crucial, ambas enfrentaram dificuldades, mas com intensidades bem diferentes.
A Mercedes amargou uma queda brutal de 27% nas vendas, enquanto a BMW caiu 11% — ruim, mas muito menos catastrófico.
Em um país onde a concorrência local nos elétricos só aumenta, sair com perdas moderadas já é considerado um alívio.

Na corrida pela eletrificação, o cenário não favorece Stuttgart. A Mercedes entregou 42.600 veículos 100% elétricos no trimestre, número praticamente igual ao de 2024, mostrando estagnação num segmento que exige crescimento constante.
Já a BMW, mesmo com algumas oscilações, conseguiu expandir sua linha eletrificada — somando híbridos plug-in e elétricos — com 151.282 unidades no trimestre, um crescimento de 8%.
Por outro lado, nem tudo são flores na BMW. As vendas de elétricos puros caíram 0,6% no trimestre, chegando a 102.864 unidades, e nos Estados Unidos houve uma retração de 2,8% nesse segmento.
Ainda assim, o acumulado do ano mostra alta de 10% nos modelos elétricos, o que garante uma vantagem consistente sobre a rival.

No acumulado de 2025 até o fim de setembro, a BMW soma 1,8 milhão de veículos entregues pelo grupo, alta de 2,4%, enquanto a Mercedes amarga queda de 8%, com 1,6 milhão.
A diferença é gritante e coloca a marca bávara em uma posição bastante confortável, ainda mais considerando os novos lançamentos programados, como o iX3 e as atualizações na linha M.
A disputa entre as duas gigantes alemãs continua acirrada, mas os números mais recentes deixam claro quem está vencendo a batalha em 2025.

A BMW parece ter entendido melhor os desafios do mercado atual, investindo com equilíbrio entre eletrificação, desempenho e presença global.
Já a Mercedes, mesmo com um legado respeitável, precisa urgentemente recalibrar sua estratégia se quiser voltar a liderar.
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