BYD avança entre as empresas e usa tecnologia para seguir em direção à liderança mundial

Enquanto a Tesla está caindo em vendas e já dando sinais de que o comércio de automóveis não será sua atividade-fim no final da década, a BYD segue avançando a passos largos, se apoiando em seu pacote de tecnologias e também em produção de massa.

Com preços mais competitivos e presença em mercados emergentes ou em desenvolvimento, a BYD amplia, bem mais que a Tesla, seu alcance e, por conta disso, sua imagem no mercado internacional está melhor.

Tanto que a BYD foi listada em 91ª posição no ranking da Fortune Global 500 de 2025, tendo subido 52 posições de um ano para o outro.

Tendo registrado crescimento nos setores de automóveis, transporte ferroviário, energias renováveis e eletrônicos, onde a empresa atua, a BYD busca agora se fixar em mercados-chave para dar um passo maior.

Em lugares como o Brasil, onde a empresa está chegando com produção em SKD e CKD inicialmente — e gerando reclamações das montadoras pelo movimento da Camex na direção de uma redução de tarifa nesse caso — a BYD não quer somente fazer número, ela quer a liderança.

Quando anunciou sua presença no Brasil, o plano da BYD era ser a terceira marca mais vendida no país em 2028, mas logo depois, com um reforço do investimento no mercado nacional, a chinesa já sinalizou com a liderança no mesmo ano.

Será que consegue? Como já dito, a BYD se apoia em tecnologias como Bateria Blade, sistema DM (Dual Mode), DiSus (tecnologia inteligente de controle de carroceria), assistente de condução DiPilot (conhecido como God’s Eye), carregador ultrarrápido e plataforma de alta tensão Super E-Platform, por exemplo.

Estas tecnologias não são apenas úteis, mas elas atraem os consumidores, que as identificam no conjunto da BYD como um produto de tecnologia e não somente um carro elétrico ou híbrido plug-in.

A estratégia é a mesma no mundo todo e se espera que, nos próximos anos, mais softwares avançados sejam integrados aos carros da BYD, mesmo os menores e mais baratos.

Ser líder mundial é certamente o alvo maior da empresa e, pelo andar da carruagem, não será estranho se a mesma alcançar tal posição a curto ou médio prazo.