Na semana passada, o presidente da Anfavea, Márcio Leite, afirmou à imprensa que a isenção de imposto de importação para carros elétricos terá seu fim anunciado pelo governo federal ao final do mês de setembro.
O fim da isenção seria gradual e feita ao longo dos próximos três anos, sendo o texto parte do novo programa automotivo chamado Mobilidade Verde, que seria a segunda fase do Rota 2030.
Todavia, Leite comentou que “invasão de produtos asiáticos, principalmente da China” preocupa o setor industrial brasileiro, reiterando que “não tem nada contra chineses, asiáticos”.
A Anfavea defende o retorno do imposto de importação de 35% para carros elétricos de modo a proteger o mercado nacional e as exportações brasileiras à América Latina, citando que de 2012 a 2022, a participação de carros chineses na região subiu de 4,6% para 21,2%.
Do outro lado, a BYD soltou o verbo para criticar a Anfavea, nas palavras de Alexandre Baldy, consultor da marca chinesa.
Baldy disse: “É descabido imaginar que o presidente de uma entidade dessa envergadura (Anfavea) possa colocar palavras na agenda de um governo que lutou tanto para trazer a COP 30 para o Brasil e dizer que vai haver uma taxação de carros elétricos que visam justamente contribuir para a proteção ao meio ambiente”.
Alexandre Baldy citou o evento que ocorrerá em Belém no mês de novembro de 2025 para discussão do impacto das mudanças climáticas no planeta.
O executivo comentou ainda: “Nosso diálogo é com o governo e não tivemos qualquer discussão com o governo como essa (volta da taxação)”.
Com fábrica de chassis de ônibus elétricos em Campinas, além de produção de painéis solares na mesma cidade, assim como de baterias de lítio-fosfato de ferro em Manaus, a BYD concentra-se agora em Camaçari.
Segundo Baldy, Stella Li, vice-presidente da BYD e o fundador da montadora, Wang Chuanfu, virão ao Brasil em outubro e devem anunciar os planos para produção de carros híbridos e elétricos na Bahia.
[Fonte: Folha]
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