BYD dá descontos de 35% em seus preços, mas na China; guerra de preços se intensifica no maior mercado do mundo

A BYD intensificou a guerra de preços no mercado chinês com um grande desconto nos preços de seus carros até 30 de junho, coincidindo com o evento comercial 618.

No mercado financeiro, a ação da BYD pode gerar uma guerra comercial intensa na China ou mesmo indicar que as vendas no gigante asiático estão arrefecendo e isso não é um bom sinal para o mercado internacional.

Mesmo com aumento nas vendas de híbridos plug-in e elétricos, a China pode estar com o pé no freio e a reação dos fabricantes locais pode ser aumentar as exportações se promoções como da BYD não derem certo.

Pior que isso é se outros fabricantes chineses também cortarem os preços, o que criaria uma falsa impressão no mercado, uma bolha financeira que poderia estourar adiante, gerando uma enorme crise de proporções mundiais.

Veja também

Compradores da Cybertruck estão revoltados com item que foi prometido e até hoje não apareceu

F1 será até 2,5 segundos mais lenta no ano que vem e FIA simplesmente diz que isso “não importa”

Homem perde R$ 140 mil em golpe do Facebook com Corvette clássico que nunca existiu

Rolls-Royce joga Phantom de seis metros dentro d’água para recriar lenda do rock n’ roll

Por isso, na visão de alguns sites de economia, descontos de preços como esse da BYD são considerados ameaças. Na China, a campanha da BYD tem como regulamento a entrega do carro usado como parte do pagamento.

Segundo o site Diário Motor, Wei Jianjun, presidente da Great Wall Motors, declarou que “já existe uma Evergrande na indústria automobilística, mas ela ainda não entrou em colapso”.

Jianjun se referiu à crise da maior incorporadora imobiliária da China, que foi à bancarrota há alguns anos. Isso sugere que existe uma bolha no mercado automotivo chinês.

Seja como for, nas próximas semanas saberemos se outras montadoras chinesas entrarão em guerra comercial contra a BYD e veremos as consequências disso.

Dificilmente os grandes descontos na China se verificarão em outros mercados, como a Europa ou Brasil, por exemplo, devido aos altos custos tarifários e políticos envolvidos.

Com preços muito baixos, os fabricantes menores não conseguirão entrar na briga e perderão ainda mais mercado, com a situação financeira destes chegando a níveis realmente ruins, o que pode levar ao fim dos mesmos.