A BYD quer ser uma líder mundial, não somente em carros elétricos, mas também de massa. Há dois anos, a BYD inaugurou uma planta em Zhengzhou, na província de Henan, no coração da China.

O projeto, fechado em setembro de 2021, foi concluído em somente 17 meses da primeira pedra à produção de veículos.

Hoje, na primeira das oito fases de expansão planejadas, a fábrica já bateu a marca de 400 mil unidades por ano.

Mas a ambição é ainda maior, chegar à meta de um milhão de unidades anuais só nessa fábrica, elevando a BYD do quinto para o terceiro maior fabricante de automóveis do mundo.

Fotos aéreas compartilhadas no Reddit evidenciam a grandiosidade do complexo, que não é somente composto de fábricas, mas também prédios residenciais altos, escolas, quadras de futebol e tênis, e uma rede de estradas interligadas.

Os vídeos também registram obras em andamento, sinalizando uma expansão ainda maior. Enquanto o drone sobrevoa a área, fica impossível não se impressionar com a escala e a ambição desse projeto: grandes extensões de terra já estão reservadas para futuras construções.

BYD Zhengzhou super factory
byu/straightdge inelectricvehicles

Quando as fases cinco a oito forem finalizadas, o complexo de Zhengzhou vai ultrapassar a Gigafactory da Tesla, em Nevada, que ocupa 12 km². A expectativa é de que a planta chinesa se estenda por 130 km², mais do que muitas cidades.

Com mais de 900 mil funcionários no mundo, a BYD planeja contratar 200 mil novas pessoas nos próximos três meses.

Só em Zhengzhou, cerca de 60 mil já trabalham, muitos deles residindo dentro do próprio complexo, que oferece amplas instalações recreativas e se assemelham a uma cidade independente.

No fim das contas, a BYD não está construindo somente uma fábrica, mas sim uma verdadeira metrópole automotiva, refletindo o crescimento acelerado e impressionante da indústria no gigante asiático.

No Brasil, a BYD terá um “residencial” que chamamos (não por acaso) de “Cidade BYD” em Camaçari–BA, localizada no meio do nada, para abrigar 4.200 pessoas que trabalharão na fábrica de veículos a quase 4 km de distância.

Se na China algo tão impressionante já está sendo feito, possivelmente um modelo disso em escala menor surja no interior da cidade baiana.