
A maior fabricante de veículos elétricos do mundo, a chinesa BYD, deu um passo ousado no Japão: vai começar a vender seus carros dentro dos shoppings da rede Aeon.
O plano prevê a criação de pontos de venda em até 30 centros comerciais da gigante varejista japonesa, com destaque para uma estratégia agressiva de preços.
De acordo com informações divulgadas pelo portal IT Home, os modelos da BYD serão oferecidos a partir de aproximadamente 2 milhões de ienes — o equivalente a cerca de R$ 72 mil na cotação atual.
Esse valor representa um corte expressivo em relação ao modelo mais barato da marca vendido hoje no Japão, o Dolphin, que custa cerca de 2.992.000 ienes, ou R$ 108 mil.
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A ideia é simples: aproximar a compra de um carro da experiência cotidiana de consumo, algo já comum na China, onde automóveis são vendidos em supermercados e lojas de departamento.
A Aeon, fundada em 1969 e conhecida pelas redes Jusco, opera mais de mil lojas, sendo a maioria no próprio Japão, o que representa uma base sólida para a expansão da BYD no país.
Além do ponto de venda físico, a Aeon será responsável pela política de preços e pelas ações promocionais, o que pode incluir descontos adicionais e vantagens exclusivas.
Entre os benefícios para quem comprar um BYD nos shoppings está o acúmulo de pontos no programa de fidelidade eletrônico “Waon”, além de descontos na instalação de carregadores domésticos.
Essa aliança entre varejo e indústria automotiva pode mudar significativamente o panorama da distribuição de carros no Japão, um mercado ainda dominado pelas montadoras locais.
A estratégia da BYD é clara: democratizar o acesso aos EVs, tornando-os mais visíveis, acessíveis e parte do dia a dia dos consumidores japoneses.
A parceria também se beneficia do avanço da Aeon na infraestrutura de recarga.
Hoje, a rede já conta com cerca de 2.500 carregadores distribuídos em 374 lojas no Japão, permitindo que motoristas carreguem seus carros enquanto fazem compras.
Essas iniciativas coincidem com o crescimento da participação da BYD nas vendas de elétricos importados no país.
Segundo dados da Associação Japonesa de Importadores de Automóveis (JAIA), a marca chinesa representou 20% desse segmento no mês de setembro.
Com previsão de lançamento do seu primeiro PHEV no mercado japonês — o Sealion 6, em janeiro de 2026 — a BYD mostra que sua expansão no Japão está só começando.
Agora, resta saber como as montadoras japonesas irão reagir diante de uma concorrente que vende EV como se vende sabão em pó: direto do corredor do shopping, com preço de entrada e sem burocracia.
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