A BYD acaba de elevar o nível do luxo automotivo com o lançamento do Yangwang U8L, um SUV elétrico que parece mais um conceito futurista do que um carro de produção.
Com quatro motores elétricos, 1.180 cv, suspensão ativa, modo flutuação e até emblemas banhados a ouro 24k, o U8L chega à China custando RMB 1,28 milhão — cerca de US$ 180 mil ou aproximadamente R$ 900 mil, posicionando-se como um dos veículos mais caros já produzidos por uma marca chinesa.
A versão U8L é uma evolução do já excêntrico U8, mas agora com terceira fileira de assentos e foco ainda mais forte em conforto e requinte.
São 5,40 metros de comprimento e 3,25 metros de entre-eixos, o que se traduz em um interior digno de primeira classe aérea, com poltronas reclináveis, cortinas de privacidade, geladeira embutida e uma central de entretenimento digna de Rolls-Royce ou Bentley.
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Mas o show de tecnologia não para por aí. O Yangwang U8L é baseado na plataforma e4 da BYD, com quatro motores independentes e sistema de controle de carroceria DiSus-P, o mais avançado da marca.
Isso permite não só uma estabilidade impecável em qualquer terreno, como também funcionalidades como “tank turn” (girar sobre o próprio eixo), crabwalk (movimentação diagonal, como um caranguejo) e o modo de flutuação de emergência, que permite ao SUV continuar se deslocando mesmo em áreas alagadas.
Além disso, o modelo conta com o sistema “God’s Eye A”, uma suíte avançada de assistência à condução (ADAS) equipada com sensores múltiplos e inteligência artificial de última geração.
A aceleração é de superesportivo: 0 a 100 km/h em apenas 3,5 segundos, algo surpreendente para um veículo desse porte.
Apesar do foco no luxo e na potência, a autonomia elétrica pura do U8L é relativamente modesta: apenas 200 km no ciclo CLTC.
No entanto, o modelo traz um extensor de autonomia híbrido, que eleva o alcance total para 1.160 km, eliminando qualquer ansiedade de autonomia em longas viagens.
A divisão Yangwang, criada pela BYD em 2023, deixou claro desde sua estreia que não está interessada em competir com carros comuns.
Seu objetivo é conquistar os holofotes no segmento de ultraluxo, com tecnologias únicas e design marcante. O U9 superesportivo e o sedã U7 com 800 km de autonomia já tinham causado impacto, mas o U8L pode ser o modelo mais ousado até agora.
E para quem acha que tudo isso é exagero chinês, basta lembrar que marcas como Mercedes, Land Rover e até mesmo Tesla estão de olho nesse novo movimento: luxo extremo, com inteligência tecnológica, capacidade real em qualquer terreno e uma boa dose de teatralidade.
Se o U8L chegar à Europa — ou mesmo ao Brasil —, é provável que não passe despercebido.
A pergunta agora é: estamos prontos para ver a China dominando também o segmento de luxo automotivo, com carros que fazem mais do que apenas andar?
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