
Após uma carta de montadoras instaladas no Brasil, endereçada ao governo federal, posicionando-se contra a possibilidade de redução de imposto para montagem em SKD e CKD, processos que serão iniciados pela BYD na Bahia, a marca chinesa divulgou uma carta rebatendo os argumentos dos fabricantes locais.
A BYD alega que trouxe ao país “carros tecnológicos, sustentáveis e mais acessíveis”, porém que está sendo “atacada por concorrentes obsoletos”.
O fabricante chinês citou Stellantis, Volkswagen, Toyota e General Motors, como autores da carta enviada ao Presidente da República, dizendo que estes fabricantes tradicionais, os quais se referiu como “dinossauros”, querem que “o governo impeça a redução temporária dos impostos para quem ousa oferecer carros melhores por um preço mais justo”.
Referendo-se a si mesma como o “meteoro” em alusão à extinção dos dinossauros, a BYD diz que as montadoras tradicionais “surtam” diante de uma chinesa que “acelera fábrica, baixa preço e coloca carro elétrico
na garagem da classe média”.
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A empresa também rebate a alegação de “concorrência desleal” citada na carta ao governo, dizendo que está jogando o jogo com as regras do governo. A BYD diz que a reclamação das montadoras tradicionais é uma “chantagem emocional com verniz corporativo”.
Sobre a redução de imposto para 10% no SKD e 5% no CKD, que está sendo analisada pela Camex (Câmara de Comércio Exterior), a BYD diz que se trata de uma redução temporária pleiteada, segundo uma “lógica simples e razoável: não faz sentido aplicar o mesmo nível de tributação sobre veículos 100% prontos trazidos do exterior e sobre veículos que são montados no Brasil”.
A chinesa afirma ainda que a operação garante geração de empregos locais, movimentação da cadeia logística e pagamento de encargos.
A BYD ainda ressalta que sua operação na Bahia segue conforme o fechado junto ao governo do Estado, e que o início da operação em SKD/CKD já estava previsto no cronograma apresentado, enquanto outras áreas da planta seguem em finalização.
No final da carta, a BYD reforça que seu pedido “não é um atalho nem uma esperteza fiscal, mas uma visão de futuro com veículos mais limpos, mais seguros, mais conectados e com custo-benefício justo”.
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