
A BYD está ampliando sua presença na Europa e, para isso, busca fornecedores italianos para abastecer suas novas fábricas na Hungria e na Turquia.
A montadora chinesa planeja iniciar a produção na Hungria em outubro deste ano, enquanto a unidade na Turquia começará a operar em março de 2026.
Juntas, as duas fábricas terão capacidade para produzir 500 mil veículos anualmente quando operarem em plena capacidade, gerando negócios de bilhões de euros para fornecedores locais.
Segundo Alfredo Altavilla, conselheiro especial da BYD para a Europa, a empresa está adotando uma abordagem cautelosa para sua produção no continente, dependendo mais de fornecedores regionais do que do modelo verticalizado que utiliza na China, onde fabrica cerca de 70% de seus próprios componentes.
No início das operações europeias, essa estratégia ajudará a compensar a falta de escala de produção da montadora.

A escolha da Itália para encontrar fornecedores não foi por acaso. Altavilla explicou que as empresas italianas possuem alto nível técnico e já fornecem peças para marcas premium alemãs, o que as torna parceiras estratégicas para a BYD.
Além disso, ele destacou que essas empresas estão com menos pedidos devido à redução da produção da Stellantis no país, o que abre espaço para novos contratos.
Enquanto montadoras europeias apresentam previsões estáveis ou em queda para os fornecedores, a BYD segue em forte expansão. Em 2023, as vendas globais da empresa cresceram 41%, chegando a 4,27 milhões de unidades.
Altavilla afirmou que a BYD tem um pipeline robusto de novos produtos para os próximos três anos e que espera um ritmo de crescimento semelhante ao do ano passado.

Para avançar na busca por fornecedores, a montadora se reunirá com cerca de 300 empresas italianas nos dias 20 e 21 de fevereiro no Museu do Automóvel de Turim (MAUTO).
Ainda não há definição sobre encontros com fornecedores de outros países europeus.
A fábrica da Hungria produzirá inicialmente quatro modelos: os compactos elétricos Dolphin e Atto 3, seguidos pelo Seagull e pelo Atto 2.
Com essas movimentações, a BYD reforça sua ambição de se consolidar como uma das principais fabricantes de veículos elétricos no mercado europeu.

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