
Você estava tendo um bom dia. Até que, num momento de curiosidade — ou talvez distração — você resolveu abrir as redes sociais.
E foi aí que tudo desandou. Entre comentários sobre política e memes confusos, surgiu um vídeo que, de tão absurdo, só podia ser brincadeira. Só que não era.
A publicação trazia um clipe musical gravado dentro de um Tesla Cybertruck, com uma cantora performando uma música dedicada a ninguém menos que Elon Musk.
Sim, uma homenagem musical completa, séria (aparentemente), com direito a versos melosos, olhares sonhadores e ambientação futurista dentro de um dos veículos mais polarizadores da atualidade.

O título do vídeo? “We Thank You, Elon Musk”. E não, você não estava preparado para o que estava prestes a ver.
O clipe parece uma paródia, mas a falta total de ironia no tom da música, da performance e da produção levanta a suspeita de que talvez, só talvez, seja real. Ou pior: que é uma piada tão comprometida com seu papel que se perdeu na própria atuação.
O fato é que o vídeo existe, foi publicado, está circulando, e quem assiste fica com a incômoda sensação de que testemunhou algo que jamais deveria ter saído do campo das ideias.
Enquanto uns debatiam os riscos de jornalistas participarem de grupos privados com autoridades governamentais, outros se perguntavam como chegamos ao ponto de transformar figuras bilionárias da tecnologia em alvos de devoção pop.

A música em si não economiza nos elogios. A artista canta com uma paixão quase religiosa, como se Elon fosse não apenas um empresário, mas um visionário incompreendido, um herói messiânico digno de adoração em verso e prosa.
O cenário do vídeo não poderia ser mais simbólico: o interior de um Cybertruck — um carro que já carrega em si uma estética distópica — é o palco dessa performance quase alienígena.
A iluminação, os enquadramentos, a atmosfera futurista forçada… tudo contribui para a sensação de que estamos assistindo a algo que escapa aos padrões normais de cultura pop.
É como se o culto à personalidade tivesse ganhado sua trilha sonora definitiva — e ninguém tivesse coragem de interromper.

Claro, o vídeo viralizou. E como tudo que viraliza, dividiu opiniões. Alguns enxergaram humor involuntário. Outros acreditam se tratar de uma jogada de marketing ou apenas mais uma peça do estranho universo digital em que vivemos.
Mas uma coisa é certa: depois de ver esse vídeo, você não sai o mesmo. Algo dentro de você muda — talvez um pouco da fé na humanidade, talvez só o entendimento de que os limites do cringe ainda não foram encontrados.
O mais curioso é que, após a enxurrada de comentários e piadas, a própria cantora veio a público para esclarecer que não deseja ter um “filho de Elon Musk”, como insinua um trecho da música.

Também confirmou que se trata de uma obra artística e que, segundo ela, há ali sim uma pitada de humor. Mas se é sátira ou devoção genuína, ainda é um debate em aberto.
Fato é que o vídeo já está na internet, disponível para ser redescoberto, remixado e compartilhado por anos.
Se você está lendo isso e ainda não viu o vídeo, saiba que ele está por aí, à espreita, pronto para entrar nos seus ouvidos e ficar preso na sua cabeça por tempo indeterminado.
Você foi avisado. E se clicou, agora faz parte do clube. Não dá para desver. Boa sorte.
[Fonte: Jalopnik]

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