dirigindo 3
Imagine você numa rodovia cujo limite é de 110 km/h e de repente você acelera para 126 km/h. Porém, quando decide ir para 130 km/h, aparece um aviso dizendo que sua velocidade está limitada naquele trecho e o carro não avança mais.
Pois é mais ou menos isso o que pretende um projeto de lei que está tramitando no senado da Califórnia que, diga-se de passagem, é politicamente governada como uma república.
O projeto de lei de número 961 do senador estadual (e não federal dos states) Scott Weiner, determina que a partir de 2027, todos os carros vendidos no “Estado Dourado”, terão limitadores de velocidade de acordo as vias públicas onde estarão rodando.
A ideia é que todos os carros, a partir desta data, tenham a bordo uma tecnologia que permite que a velocidade limite da via seja excedida em até 16 km/h, com o dispositivo cortando assim o desempenho a partir daí.
Não se sabe exatamente como seriam implantadas tais tecnologias, mas Scott Weiner fala do uso de inteligência artificial e GPS para evitar que os motoristas andem além de 10 mph ou 16 km/h acima do limite da via.
california
Teoricamente, isso permitiria não só limitar a velocidade em qualquer via, mas também rastrear todos os veículos, afinal, a IA saberá onde cada um estará e o GPS dará a localização exata para as autoridades.
Dá até para imaginar uma “Ordem 66”, anulando ou reduzindo automaticamente a velocidade de todos os carros pós 2027, em ruas e estradas da Califórnia. Parece difícil acreditar que um projeto desse seja aprovado, correto?
Então, pior é que dá, pois o texto tem recebido apoio de muitas pessoas na Califórnia, ainda que a maioria obviamente seja contra. Na “terra da liberdade”, limitar eletronicamente (e remotamente) a velocidade dos carros é uma clara violação de direitos no entendimento de muita gente.
Na indústria, algumas marcas já limitam seus carros a 180 km/h, como a Volvo, enquanto os alemães convencionaram a colocar 250 km/h como um acordo de cavalheiros.
Ainda que o excesso de velocidade seja um problema em muitos lugares, certamente uma tecnologia como essa também acabaria com um dos principais entretenimentos da TV americana, com impacto até no setor aeronáutico californiano…
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