A recente aplicação rigorosa de uma lei americana antiga trouxe à tona uma polêmica no setor de transporte rodoviário.
Em DeKalb County, no Alabama, dois caminhoneiros — um do Texas e outro da Flórida — foram multados por não falarem inglês de forma considerada suficiente pelas autoridades locais.
A ação se apoia em uma ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump em junho, que reforça uma exigência já prevista desde a década de 1930.
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Segundo a lei, motoristas de veículos de carga devem ser capazes de se comunicar em inglês, ler placas e interagir com policiais e o público.
O presidente e CEO da Alabama Trucking Association, Mark Colson, apoiou a medida, alegando que a exigência está ligada à segurança e à compreensão das regras de trânsito.
Ele ressaltou que o padrão de proficiência existe há muito tempo, mas reconheceu que sua aplicação havia sido flexibilizada durante o governo Obama.
Ainda não há clareza sobre as penalidades exatas que os dois motoristas enfrentarão. A ordem executiva prevê que condutores em violação podem ser retirados de serviço, mas, neste caso, os relatos indicam apenas a emissão de multas.
Não há confirmação de que eles tenham sido impedidos de seguir viagem. Também não foi revelado o motivo inicial da abordagem, mas há especulações de que a fiscalização tenha sido direcionada para identificar motoristas que não falassem inglês.
Críticos da medida afirmam que a aplicação seletiva dessa lei funciona como instrumento de discriminação, especialmente contra motoristas imigrantes ou de minorias.
Apesar da alegação de que o idioma é essencial para a segurança, opositores lembram que a grande maioria dos caminhoneiros nos EUA já possui conhecimento suficiente para exercer a função, e que barreiras de comunicação podem ser facilmente superadas com recursos tecnológicos.
Para muitos, a ideia de que motoristas licenciados não saibam ler placas soa forçada, especialmente considerando que todos precisam passar por exames rigorosos para obter a CDL (Carteira de Habilitação para Veículos Comerciais).
Ainda assim, com a recente ênfase dada por Trump e a atuação de autoridades locais, é provável que novos casos semelhantes ocorram em outros estados.
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