
Depois de causar espanto com o SUV iX que muda de cor entre preto, branco e tons de cinza, a BMW parecia estar um passo à frente no uso de pinturas eletrônicas em carros.
Mas agora é a Porsche que quer assumir o protagonismo com uma tecnologia ainda mais impressionante: a capacidade de capturar uma cor real do ambiente e transferi-la para a carroceria do carro.
Uma nova patente da marca revela um conceito ambicioso, em que o carro pode mudar de cor com base em uma imagem tirada por uma câmera — seja de outro carro, de uma paisagem ou até do seu próprio look.
Diferente da abordagem limitada da BMW, a proposta da Porsche envolve múltiplas tonalidades e customizações em tempo real, controladas de dentro da cabine.
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A ideia é simples na teoria, mas ousada na prática: o sistema usa uma câmera para capturar uma imagem, analisa a cor de uma área escolhida e, com isso, envia o comando para que a pintura do carro reproduza aquele tom exato.

A pintura seria aplicada como um filme inteligente, parecido com um envelopamento, o que facilitaria tanto a instalação como eventuais reparos.
A patente também cita a possibilidade de usar sensores externos do carro para capturar cores do ambiente automaticamente, ou mesmo câmeras internas que permitam personalizar a carroceria com base nas roupas do motorista.
Imagine dirigir um Porsche que muda de cor para combinar com a paleta de outono de uma estrada ou com o seu vestido favorito — essa é a ideia.
A Porsche também vê potencial de uso dessa tecnologia em concessionárias, onde um único carro poderia simular todas as cores disponíveis da linha, oferecendo ao cliente uma experiência visual muito mais realista do que os tradicionais catálogos.
Mais do que uma função estética, o sistema representa um novo nível de personalização, em um mercado onde exclusividade é cada vez mais valiosa.
Hoje, um cliente Porsche pode pagar até R$ 160 mil por uma pintura “Paint to Sample Plus” no 911, algo que reforça o quanto a personalização é um negócio lucrativo para a marca.
Se a tecnologia se mostrar viável, os compradores poderiam experimentar visuais inéditos todos os dias, incluindo combinações entre as laterais esquerda e direita do carro, criando até um efeito tipo “Harlequin”, como o do antigo Golf multicolorido.
Tudo isso reforça uma tendência: no mundo do luxo automotivo, o cliente quer mais do que potência e design — ele quer exclusividade visual, dinamismo e algo que seja, de fato, único.
Com essa patente, a Porsche não apenas responde à BMW, como propõe um salto em direção a uma nova era da pintura automotiva, onde cada cor pode ser temporária — e cada trajeto, uma nova chance de se destacar.
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