
Um caso no mínimo assustador envolvendo um carro inteligente da Xiaomi viralizou na China e está gerando uma onda de preocupação sobre a segurança dos veículos controlados remotamente.
O dono de um Xiaomi SU7, modelo elétrico lançado este ano pela gigante de tecnologia, relatou que seu carro começou a se mover sozinho, sem ninguém ao volante ou qualquer comando consciente para isso.
O incidente aconteceu no dia 30 de setembro, na província de Shandong.
De acordo com o proprietário, o veículo estava estacionado em frente à residência quando, de forma inesperada, ativou-se e começou a se mover.
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Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o carro dá partida e avança lentamente, enquanto uma mulher que estava na casa grita alarmada e o dono corre para tentar impedir algo pior.
Logo após o ocorrido, o motorista entrou em contato com o suporte da Xiaomi.
A explicação inicial apontava para a possibilidade de o carro ter sido ativado remotamente via smartphone — algo possível por meio do recurso de assistência de estacionamento remoto.
A empresa teria sugerido que o comando partiu de um iPhone vinculado à conta do dono. No entanto, ele nega ter usado o celular no momento do incidente e divulgou o vídeo completo como prova.
O sistema citado, conhecido como Remote Parking Assist (RPA), permite ao usuário movimentar o veículo à distância, via aplicativo, para entrar ou sair de vagas apertadas.

Mas especialistas alertam que esse tipo de tecnologia precisa obrigatoriamente ter salvaguardas robustas que impeçam sua ativação involuntária — especialmente quando não há ninguém supervisionando fisicamente a operação.
O caso tem gerado intenso debate online e entre especialistas da indústria automotiva chinesa.
Muitos questionam até que ponto é seguro permitir que veículos com sistemas autônomos ou semi-autônomos tenham comandos remotos sem múltiplas camadas de verificação.
Há também críticas à Xiaomi pela falta de transparência: o proprietário afirmou ter recebido apenas trechos selecionados dos registros de operação e exige acesso aos logs completos.

Apesar do susto, ninguém ficou ferido e não houve danos materiais. No entanto, o caso acendeu um alerta importante sobre os limites e riscos da conectividade em veículos modernos.
A Xiaomi ainda não publicou um relatório oficial da investigação, mesmo com o caso já tendo ganhado notoriedade nas redes sociais, sob a hashtag “Carro da Xiaomi anda sozinho”.
Em um cenário onde os carros elétricos e conectados prometem cada vez mais conforto e praticidade, o episódio levanta uma questão essencial: a tecnologia está realmente pronta para operar de forma segura sem supervisão humana constante?
E mais importante ainda: as montadoras estão sendo transparentes o suficiente com os dados que seus veículos coletam e executam? A resposta para isso ainda está em aberto.
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