
É difícil saber quando chegou a hora de parar de dirigir, por idade avançada ou problemas de saúde.
Mas e se o seu próprio carro tomasse essa decisão por você? É exatamente isso que a General Motors está propondo em uma nova patente que, para alguns, parece saído de um episódio de “Black Mirror”.
Batizada de “Sistema e Método para Determinar uma Pontuação de Aposentadoria do Condutor”, a proposta é utilizar um algoritmo alimentado por sensores do próprio veículo para monitorar o comportamento ao volante.
A ideia é que o carro detecte sinais de declínio físico ou cognitivo — como reflexos mais lentos, erros de direção ou comportamento errático — e calcule uma nota de aptidão para continuar dirigindo.
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De acordo com a patente, o sistema analisaria fatores como postura, frenagens, aceleração, uso das setas, tempo de reação, permanência na faixa, entre outros.

As ações seriam classificadas como aceitáveis, questionáveis ou inaceitáveis.
Com o tempo, o sistema poderia emitir alertas ao próprio motorista ou até a um “contato designado”, caso detectasse que ele está abaixo do padrão de segurança considerado adequado.
Embora não mencione diretamente a comunicação com autoridades, o alerta para familiares já é suficiente para levantar polêmicas sobre privacidade, responsabilidade e até liberdade individual.
Mais do que apenas avaliar idade ou habilidade, o sistema poderia ser usado também para monitorar distrações ao volante, detectar uso de celular, fadiga, ou até sinais de embriaguez ou uso de substâncias.
A patente sugere, inclusive, o uso de reconhecimento facial e microfones externos, embora não deixe claro como esses dados seriam usados. Talvez gritar com pedestres já conte pontos negativos.

A proposta levanta debates importantes: devemos confiar ao carro — ou a uma IA — a decisão de quando parar de dirigir?
E o que acontece quando alguém discorda da avaliação? Será que um motorista teimoso aceitará uma “demissão” emitida por seu próprio veículo?
Apesar de vir de uma montadora e não de uma big tech, a ideia já acende o alerta para uma possível transformação no futuro da mobilidade pessoal.
A GM ainda não revelou se ou quando esse sistema será adotado nos veículos de produção, mas uma coisa é certa: o carro que vai te julgar está mais próximo do que parece.
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