Carro elétrico: Montadoras tradicionais ficando atrás na corrida

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O carro elétrico está mudando a indústria automotiva e os fabricantes tradicionais podem estar indo em uma direção perigosa, queimando bilhões de dólares para perseguir players como BYD e Tesla, que agora estão em evidência.

Gastando oceanos de dinheiro, montadoras como Ford, GM, Stellantis, Volkswagen e suas conterrâneas de luxo, estão consumindo recursos impressionantes, nunca vistos antes para deter o avanço de Tesla e BYD no mercado mundial.

Antes, a ideia era suplantar as vendas de carros elétricos somente, mantendo os volumes de Telsa e BYD que simplesmente avançaram para sair do nicho e encontrar volumes de grandes fabricantes.

Declarações de Elon Musk sobre dezenas de milhões de carros da Tesla por ano, numa ideia materializada na construção rápida de suas Gigafactories, assustou os fabricantes tradicionais.

De outro lado, a BYD discretamente disfarçou suas intenções focando atenção no mercado chinês até que seus próprios números a denunciaram com pretensões globais como rival direta da Tesla.

Nisso, Ford e outras marcas grandes, estão perdendo terreno e queimando dinheiro, já que não conseguem emplacar volumes como Tesla e BYD, com a primeira atuando de forma disruptiva e a segunda usando sua origem como vantagem.

fabrica tesla

A vantagem da BYD sobre a Tesla e, naturalmente, fabricantes da Europa, EUA, Coreia e Japão, está na política chinesa, de focar na produção de baterias em toda sua escala.

A própria BYD fornece para a Tesla e esta tem na China, seus melhores carros em qualidade, exportando-os para a Europa, aproveitando a cruzada do gigante asiático para conquistar o velho mundo.

Para deter isso, mais de US$ 650 bilhões serão gastos por montadoras tradicionais americanas, europeias, coreanas e japonesas até 2030.

É um montante inimaginável para deter os fabricantes chineses, que encontraram no carro elétrico a arma ideal para conquistar os principais mercados.

Na visão de especialistas, se a greve do Detroit 3 tiver êxito, os carros elétricos de GM, Ford e Stellantis terão aumento de US$ 3.000 a US$ 5.000.

Ainda que os chineses não tenham acesso aos EUA por pressões políticas, marcas como a Ford acreditam que eles chegarão um dia.

Com menor custo de produção e uma cadeia extensa para sustentar grandes volumes de carros elétricos, a China está moldando um futuro que pode reduzir os players globais de sempre a empresas bem menores.

Analistas observam não haver como competir nesses termos com eles, ainda que o poder financeiro das marcas tradicionais tente criar uma indústria de baterias robusta para evitar a importação da China.

No final das contas, o resultado não fecha e isso lança dúvidas sobre o futuro de algumas marcas.

 

 

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X