Os carros a combustão estão fadados à extinção em sua era pleistocênica de existência, estando agora no limiar da “Era do Elétrico” que eliminará as vendas em muitos países após 2035.
Tendo atingido seu pico de vendas globais em 2017, dois anos depois do Escândalo do Dieselgate, os carros a combustão estão descendo a ladeira.
Há pouco mais de cinco anos, foram 86 milhões de carros a gasolina, diesel ou flex (etanol ou GNV), mas em 2022, 69 milhões ainda eram pré-eletrificação.
Numa análise de mercado, feita pela Bloomberg, em 2017, 1 milhão de carros híbridos plug-in e elétricos foram vendidos.
E em 2022? Nada menos que 2,9 milhões de híbridos plug-in chegaram aos clientes, mas isso não é nada se comparado aos carros elétricos, que alcançaram a marca de 7,5 milhões!
Esse degelo nas vendas de carros a combustão está sendo mais rápido que as pesquisas apontavam e a queda de 20% em apenas cinco anos, mostra que a virada dos elétricos ocorrerá nos próximos anos.
A coisa deve acelerar muito no período entre 2030 e 2035, quando vários países proibirão as vendas de carros a gasolina e diesel.
China, Europa e EUA serão as alavancas motoras dessa mudança rápida para os elétricos e o processo já se iniciou, pois, a diferença de 2017 para 2022 aponta fortemente essa tendência de eletrificação.
Em 2017, a China vendeu 42 mil elétricos e 110 mil híbridos plug-in num mercado de 24,72 milhões de carros a combustão. Já em 2022, foram 1,48 milhão de PHEV e 4,6 milhões de elétricos.
Além dos mercados consolidados, espera-se ainda que a Índia acompanhe o movimento, pois, em 2021 foram 15 mil elétricos, mas em 2022 foram emplacados 50 mil…
No meio disso, países como o Brasil terão um progresso bem mais lento e as vendas de carros a combustão serão dificilmente alteradas por PHEV e EV tão cedo.
Mesmo com a produção nacional de uma ou duas marcas, a maioria segue o caminho da eletrificação baixa, apostando tudo no uso do etanol.
[Fonte: Bloomberg]
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