Os carros pequenos e médios com espaço para sete pessoas tem um interior bem apertado.
A terceira fileira de assentos fica em um local que anteriormente servia apenas para deformação da carroceria, e proteção maior aos ocupantes do banco de trás, ou seja, o porta-malas.
Infelizmente, a física não deixa escapar nada, e quanto mais próxima uma pessoa estiver do ponto de colisão com outro veículo, mais ela vai sofrer no impacto, o que nos leva a pensar que a terceira fileira é realmente mais perigosa.
Estes bancos, são, em sua grande maioria, rebatíveis, por isso não contam com sistemas avançados de fixação, como é o Isofix.
Também um outro problema é que não existem airbags ali atrás para proteger os ocupantes. Pessoas que geralmente são crianças ou jovens, dadas as dimensões bem pequenas desses bancos.
Isso tem mudado agora com modelos como Spin 2025 e Tiggo 8, que tem airbags de cortina que protegem também a terceira fileira.
Os institutos de segurança mundo afora tem testado sim estes modelos, como acontece no instituto americano IIHS, o Insurance Institute for Highway Safety, ou algo como Instituto para Segurança Rodoviária.
O problema é que nos EUA, para um carro ter sete lugares, ele precisa ser bem grande, para nossos padrões.
Os modelos mais baratos com sete lugares hoje por lá incluem Mitsubishi Outlander, Volkswagen Tiguan, Kia Sorento, Chevrolet Traverse, Nissan Pathfinder e Kia Telluride, todos com preços na faixa dos 30.000 dólares e pra cima.
Nada de carros “minúsculos” com sete lugares, como C3 Aircross e Spin.
E outro problema, agora para nós brasileiros, é que não são feitos testes específicos para essa terceira fileira de bancos pela instituição que faz crash tests aqui na America do Sul, o LatinNCAP.
O LatinNCAP, além disso, não é muito confiável, pois no caso de cada montadora, eles compram o carro a ser testado em um país diferente.
Muitas vezes compram o carro em um país onde não existe a obrigatoriedade de ter airbags, aí a nota cai lá embaixo.
Ás vezes, um modelo tem nota ótima, só para dali dois ou três anos receber uma nota horrível. Pouca consistência e confiabilidade. E ainda por cima os modelos com sete lugares nem mesmo foram testados, o que não dá para entender muito bem.
O que sobra a fazermos é analisar as notas de segurança de um modelo, caso ele também seja vendido nos Estados Unidos ou na Europa. Aí, principalmente se ele for importado de lá, dá para confiar na nota que ele recebeu no exterior e comprar sem medo.
Nesta página do IIHS, temos as notas de segurança de vários SUVs vendidos no Brasil, como RAV4, Equinox, CR-V, HR-V, Tucson, Compass, Renegade e Eclipse Cross, basta pesquisar pelo modelo e ver como ele se saiu.
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