A Tesla não conseguiu convencer um juiz dos Estados Unidos a arquivar uma ação judicial movida por consumidores, que acusa a montadora de não alertar os compradores sobre um suposto defeito no sistema de monitoramento de colisão.
O problema alegadamente causa frenagens automáticas desnecessárias, mesmo na ausência de risco real de colisão.
Em decisão proferida na última sexta-feira, a juíza distrital Georgia Alexakis, de Chicago, permitiu que a ação coletiva avançasse com base na acusação de que a Tesla ocultou informações sobre o defeito de segurança de potenciais compradores.
No entanto, Alexakis rejeitou outras partes do processo, incluindo alegações de que motoristas pagaram prêmios de seguro mais altos devido ao sistema defeituoso.
Acusações Contra a Tesla
Os consumidores que moveram a ação alegam que o sistema de monitoramento de colisão da Tesla frequentemente gera alertas falsos de risco à frente, ativando o freio automático sem necessidade.
Eles também afirmam que essas falhas levaram a custos de seguro mais altos, uma vez que os dados dos veículos indicam falsamente situações de colisão.
O processo aponta que a Tesla estaria ciente do problema desde 2015, mas não alertou seus clientes. A montadora, no entanto, negou ter conhecimento do defeito antes de um dos autores da ação adquirir seu veículo em 2021.
Decisão da Justiça
Embora Tesla tenha argumentado que os consumidores não apontaram comunicações específicas que demonstrassem a ocultação do problema, a juíza Alexakis concluiu que o processo “conecta os pontos” entre a omissão de informações sobre segurança no site da Tesla e a confiança dos compradores nesse material para tomar decisões de compra.
Os autores da ação têm permissão para apresentar uma queixa revisada para tentar reativar as reivindicações relacionadas aos prêmios de seguro.
O caso, registrado sob o número 1:23-cv-02891 no Tribunal Distrital do Norte de Illinois, pode ter implicações significativas para a Tesla. A empresa já enfrenta escrutínio por problemas de qualidade e segurança, e um processo coletivo como este pode impactar ainda mais sua reputação.
Com os consumidores buscando reparação por problemas que dizem comprometer a segurança de seus veículos, a decisão da juíza Alexakis destaca a importância da transparência na comunicação de riscos por parte de fabricantes automotivos.
O desfecho do caso pode servir como precedente para futuras ações envolvendo tecnologia avançada em veículos.
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