
O tarifaço americano imposto pelo governo de Donald Trump ao Brasil, onde o chefe do executivo da Casa Branca impôs uma sobretaxa de 40% aos produtos nacionais que entram nos EUA, somando 50%, deixou de fora nada menos que 700 itens.
Como você já sabe, é claro, desde o dia 2 de abril, o Brasil tem uma taxa de 10% de imposto de importação nos EUA e vinha até agora recolhendo isso com suas exportações ao mercado americano, incluindo automóveis e autopeças, além de componentes automotivos.
Com a sobretaxa, que eleva para 50% a tarifa para entrar nos states, o setor automotivo brasileiro – que inclui também empresas americanas – estava sujeito a uma carga tributária tão grande que inviabilizaria qualquer embarque rumo aos EUA.
Atualmente, o Brasil não exporta carros para o mercado americano, como fez a Volkswagen com o Fox/Voyage nos anos 80 e até a BMW com o X1 mais recentemente.
Todavia, várias peças e componentes são enviados para as montadoras instalados nos EUA, incluindo também motores, o que impactaria diretamente nas operações de exportação das montadoras por aqui.
A lista de produtos inclui sedãs, SUVs, CUVs, minivans, furgão de carga e caminhões leves, que continuarão a pagar 10% de tarifa para chegar aos consumidores americanos, caso alguma montadora resolva exportar para lá, o que parece difícil imaginar agora.
Isso porque qualquer aumento nas exportações aos EUA poderia ser interpretado erroneamente pelo POTUS, o que poderia acabar com a isenção ao setor automotivo.
Segundo o site Auto Data, de janeiro a junho foram US$ 632,3 milhões exportados aos EUA pelo setor automotivo, sendo 4,9% abaixo do primeiro semestre de 2024 e 15,7% do total das exportações brasileiras.
Então, se trata de um mercado que não se pode deixar de lado e nem provocar nenhuma alteração, o que já parece de bom tamanho dada a atual situação vigente entre os dois países.
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