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O Brasil tem hoje, uma capacidade instalada de 5 milhões de veículos anualmente, mas está bem longe de chegar a isso, com 2 milhões sendo um número aceitável nas condições atuais.
Na China. atualmente 25 milhões de veículos são feitos anualmente e isso parece o melhor dos mundos para montadoras, mas acredite, é só metade do que o país pode fazer, já que tem fábricas em número suficiente para fazer 50 milhões.
Com 50% de sua capacidade, a China não se orgulha disso, uma vez que existem fábricas demais para carros de menos. Há mais de uma década, o país se preparou para inundar-se e também a outros mercados, com carros baratos a combustão.
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Não deu certo fora do país, mas dentro, todos apostaram em vendas enormes de carros a combustão e isso levou a uma onda de novas fábricas para fazer carros simples e baratos.
Com plantas que geralmente fazem de 150 mil a 300 mil, a China inundou-se de plantas até encontrarem o admirável novo mundo dos carros elétricos.
Quando perceberam ser melhor uma fábrica nova para esta tecnologia, deixaram as antigas ao léu. Estas hoje ou produzem em baixíssimo volume, ou estão fechadas.
A Hyundai, em Chongqing, é um exemplo disso. Sua fábrica, projetada com a Beijing BAIC em 2017, custou US$ 1,15 bilhão e agora está à venda por um quarto do valor e pode ser que não encontre compradores.
Os carros elétricos provocaram uma nova demanda por fábricas modernas e de custo mais baixo para produção de veículos com baterias, o que as plantas “antigas” não atendem sem grandes investimentos.
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Assim, analistas radicados na China dizem que a quantidade de fábricas “zumbis” tende a crescer com a mudança para os elétricos. A China ainda tem baixa produção de carros elétricos, mas a produção de carros a combustão só em 2023, foi 37% menor em relação à 2017, com 17,7 milhões.
O segmento ainda move a China, mas isso mudará ao passo que as vendas se direcionam para os eletrificados. Na guerra de preços atual, quem produzir carros elétricos mais baratos, ganha a competição e as estrangeiras ainda não acordaram para isso.
A Hyundai-Kia tinha 1,8 milhão de carros vendidos em 2016, mas no ano passado somou apenas 310 mil. Por conta dessa guerra, tirando a Volkswagen, os fabricantes estrangeiros cortaram qualquer investimento na China. A VW ainda aposta na combustão para se manter bem por lá, mas é a única…
[Fonte: Folha]
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