Carros híbridos plug-in não estão agradando os consumidores, e também não estão sendo a ponte para um futuro totalmente elétrico

golf eletrico 32
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De acordo com um novo estudo da J.D. Power, os veículos híbridos plug-in (PHEVs) não estão entregando a experiência esperada pelos consumidores, que, ao que parece, não estão tão entusiasmados com essa opção intermediária entre os carros convencionais e os totalmente elétricos (BEVs).

Embora os PHEVs ofereçam uma combinação de motor a combustão e autonomia elétrica — normalmente em torno de 40 km —, o estudo mostra que a satisfação dos proprietários fica aquém da dos donos de veículos 100% elétricos.

Brent Gruber, diretor executivo da área de veículos elétricos da J.D. Power, afirmou para o Automotive News , que apesar de muitos fabricantes verem os PHEVs como uma “ponte” para a adoção de elétricos puros, a experiência de possuir um híbrido plug-in “não é tão favorável” quanto a de quem já utiliza um BEV.

Isso se reflete nas pontuações de satisfação dos consumidores: em uma escala de 1.000 pontos, os PHEVs marcaram apenas 669, enquanto os BEVs do mercado de massa alcançaram 716, e os elétricos de luxo registraram 738.

Atualmente, os PHEVs representam apenas 1,9% das vendas de veículos nos Estados Unidos até agosto de 2024, segundo o relatório “E-Vision Intelligence” da J.D. Power.

Este número é bem inferior aos 9,4% de participação dos BEVs e aos 10,7% dos híbridos convencionais. Embora o número de modelos PHEV tenha crescido (41 em 2024, contra 29 em 2022), os consumidores parecem preferir saltar direto para os veículos totalmente elétricos.

Um dos fatores que pode estar desmotivando os compradores é o custo. Os PHEVs têm dois sistemas de propulsão — elétrico e a combustão — o que torna tanto a compra quanto a manutenção mais caras.

O preço médio de transação para um PHEV no segmento de SUVs compactos, por exemplo, é de US$ 48.700, significativamente acima dos US$ 36.900 para um SUV elétrico compacto ou dos US$ 37.700 para um híbrido convencional.

Gruber destacou que a transição para os elétricos não tem sido tão suave para os proprietários de PHEVs quanto para os de BEVs, pois estes últimos geralmente se adaptam mais rapidamente ao novo estilo de vida, incluindo o hábito de carregar seus veículos, e percebem que o medo inicial em relação à autonomia ou à praticidade era infundado.

Outro ponto destacado no estudo é o papel fundamental dos concessionários na educação dos consumidores. A falta de informação precisa sobre a autonomia elétrica dos PHEVs e como ela pode atender às necessidades do dia a dia dos motoristas ainda é uma barreira.

“Os concessionários são os principais educadores no espaço dos veículos elétricos, e esse processo deve começar com eles”, reforçou Gruber.

Com a popularidade dos PHEVs estagnada e a crescente concorrência de elétricos mais baratos, as montadoras terão que repensar suas estratégias para enfrentar os desafios da transição para veículos mais sustentáveis.

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.