Carros que dirigem sozinhos vão mudar comportamentos e emoções, diz designer da GM

gm logo (1)
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Para Bryan Nesbitt, novo chefe global de design da General Motors, a próxima grande transformação do setor automotivo não será apenas a eletrificação, mas a chegada definitiva da direção autônoma.

O executivo, que assumiu o posto de Michael Simcoe, acredita que essa mudança vai redefinir não só o visual dos carros, mas também o comportamento das pessoas.

Em entrevista divulgada pela própria GM , Nesbitt fez uma comparação curiosa com o passado: houve uma época em que se vendia um acessório em forma de cabeça de cavalo para ser colocado na frente dos primeiros automóveis.

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A ideia era facilitar a transição emocional de quem passava da tração animal para o motor a combustão. Para o designer, essa anedota ilustra como mudanças radicais exigem adaptação cultural.

buick conceitos china 1
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“Essa transição vai influenciar nossos comportamentos. A boa tecnologia é aquela que consegue se integrar de forma harmoniosa à vida das pessoas. O que discutimos hoje vai muito além da mecânica: trata-se da experiência total”, afirmou.

O conceito não é novo nos salões do automóvel. Há décadas, protótipos imaginam um futuro em que dirigir é opcional, com interiores que lembram salas de estar, assentos voltados uns para os outros, mesas, geladeiras e até plantas.

Mas, na prática, esse cenário continua distante — e nem todo mundo quer transformar o trajeto ao trabalho em um evento social.

Para os entusiastas, a perda do controle do volante representa um dilema emocional. Quanto menos participação ativa, menor tende a ser o vínculo afetivo com o veículo. Para designers, cujo papel é justamente criar essa conexão, o desafio é enorme.

chevrolet blazer ev rs avaliação na (45)
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Nesbitt acredita que a integração artística da tecnologia será o fator decisivo para que a autonomia seja aceita e desejada.

A eletrificação já permitiu quebrar antigas limitações de espaço e formato, mas muitos modelos inovadores acabam criticados por parecerem “jellybeans” sem personalidade.

Na visão do novo chefe de design, não basta convencer pelo discurso ou pela estética futurista: a tecnologia precisa oferecer benefícios claros e melhorar a vida do usuário.

Caso contrário, mesmo o avanço mais sofisticado corre o risco de não sair da prancheta.

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 20 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.


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