
Nem todo dia um mecânico encontra uma carteira recheada dentro do motor de um carro.
Mas foi exatamente isso que aconteceu em Minnesota, nos Estados Unidos, quando Chad Volk, dono da oficina LC Car Care, realizava um reparo de rotina em um Ford Edge 2015.
O mais surpreendente? A carteira não era do cliente. E muito menos recente.
Durante o trabalho de substituição dos ventiladores de arrefecimento do veículo, Volk removeu a caixa de ar para ter mais espaço e, ao reinstalá-la, deu de cara com um objeto inusitado: uma carteira velha, com um crachá de funcionário da Ford e dinheiro dentro.
Após examinar o conteúdo, o mecânico decidiu investigar e descobriu que o dono da carteira era Richard Guilford, um ex-funcionário da montadora que havia trabalhado na linha de montagem da fábrica da marca.
A história tem ares de filme. Guilford havia perdido a carteira 11 anos antes, em uma madrugada em que foi chamado para resolver um problema elétrico em unidades do Edge vindas da planta de Chicago.
Naquela noite, ele usava uma roupa fora do habitual — uma calça de moletom — e colocou a carteira no bolso da camiseta. Pouco depois das duas da manhã, percebeu que ela havia sumido.
Procurou com colegas, vasculhou os carros, mas nada. O Edge que a “engoliu” foi vendido, passou por diversos estados, rodou mais de 240 mil quilômetros e só agora revelou seu segredo.
Volk localizou Guilford pelas redes sociais e mandou uma mensagem perguntando se a carteira era mesmo dele. A resposta foi imediata e certeira: “Você achou num carro, né?”.
Guilford ficou espantado, mas aliviado. A carteira ainda continha os US$ 15 em espécie que ele havia guardado, alguns bilhetes de loteria vencidos e, para sua surpresa, US$ 250 em cartões-presente da loja Cabela’s, comprados em 2013 para presentear familiares.
A empresa confirmou que os cartões ainda estão válidos.
Com honestidade rara e um toque de sorte, a história terminou com a carteira sendo devolvida intacta ao dono, mais de uma década depois do seu misterioso desaparecimento.
Um lembrete improvável de que, às vezes, objetos perdidos têm mesmo destino para reencontro — ainda que demore 11 anos e precise de uma chave de fenda para acontecer.
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