No Reino Unido, um casal de Londres decidiu que, diante da omissão das autoridades, o melhor a fazer era agir por conta própria.
Mia Forbes e Mark Simpson acordaram no dia 4 de junho com uma desagradável surpresa: o Jaguar E-Pace da família, que havia sido estacionado normalmente na noite anterior, havia desaparecido.
Eles rapidamente procuraram a polícia, mas a resposta foi desanimadora — as autoridades disseram que não sabiam quando poderiam iniciar a investigação.
O que os criminosos não sabiam é que estavam lidando com um casal precavido.
Após terem passado por uma experiência semelhante no passado, Forbes e Simpson instalaram dispositivos extras de segurança no veículo, entre eles um Apple AirTag e um sistema conhecido como ghost immobilizer, um bloqueador de ignição que exige um código secreto para permitir o funcionamento do motor.
Assim que o AirTag atualizou sua localização, os dois descobriram que o carro estava a poucos quilômetros de casa. Sem esperar apoio oficial, dirigiram até o local indicado e encontraram o Jaguar estacionado na rua.
Apesar de danos internos causados pelos ladrões, que aparentemente tentaram acessar o sistema elétrico do carro, o veículo estava intacto. Um deles simplesmente entrou, deu meia-volta e levou o carro de volta para casa.
A recuperação do Jaguar, no entanto, não teve nada de acidental.
O ghost immobilizer foi fundamental: o carro só liga após o condutor digitar uma sequência de comandos no painel, algo que os ladrões desconheciam completamente.
Com isso, mesmo tendo usado possivelmente um caminhão-guincho para transportar o veículo, os criminosos não conseguiram ativá-lo e acabaram abandonando-o.
A polícia, agora, deve analisar o carro em busca de impressões digitais e outros vestígios. Mas, considerando o histórico da força policial londrina, as chances de sucesso são mínimas.
Segundo dados divulgados pelo partido Liberal Democrata, apenas 10% dos casos de furto de veículos em Londres são solucionados.
O número de carros recuperados pelos próprios donos, no entanto, não aparece nas estatísticas oficiais — e talvez devesse.
O caso de Mia e Mark expõe uma triste realidade: a crescente dependência dos cidadãos em tecnologia e ação própria para enfrentar uma onda de crimes que as autoridades não conseguem conter.
Num cenário em que o Estado falha em proteger o básico, o recado é claro — se quiser seu carro de volta, melhor contar com um rastreador e um pouco de coragem.
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