No dia em que o Bugatti Mistral atingiu impressionantes 282 mph (453 km/h) para se tornar o roadster mais rápido do mundo, Mate Rimac, CEO da Bugatti, conversou com o site TopGear sobre esse feito histórico e os desafios que ainda estão por vir.

A ideia para este recorde nasceu de um cliente da Bugatti, mais precisamente do filho dele, durante o Goodwood Festival of Speed.

“Eles já tinham as edições World Record do Veyron e do Chiron e sugeriram: ‘não seria incrível uma edição do Mistral com recorde mundial?’”, explicou Rimac. “Pensamos, por que não? Escutamos nossos clientes e decidimos criar algo especial para ele.”

Essa abordagem personalizada não é novidade para a Bugatti, que cada vez mais aposta em carros altamente individualizados.

Segundo Rimac, o custo médio de customização de um Mistral já ultrapassa meio milhão de euros, mas alguns clientes vão além, solicitando modelos verdadeiramente únicos, como esta versão do Mistral.

O recorde do Mistral também marca o adeus definitivo ao icônico motor W16, que esteve no coração da Bugatti por décadas. Rimac reconhece o peso emocional desse encerramento, mas acredita que o objetivo da marca é sempre “elevar o nível e explorar o que é possível.”

Para ele, mais do que criar carros exclusivos para seus clientes de alto padrão, a Bugatti está contribuindo para avanços tecnológicos, como o desenvolvimento de pneus capazes de suportar velocidades extremas.

Rimac revelou que discutiu com representantes da Michelin sobre os limites da tecnologia de pneus. “Perguntei se é possível criar pneus que suportem 500 km/h. Qual é o limite? Estamos sempre testando o que é possível.”

Embora o recorde do Mistral seja um marco, Rimac não parece satisfeito.

Ele já participou de 33 recordes mundiais, desde os tempos do BMW E30, e acredita que a inovação nunca deve parar. “Podemos colocar um ‘5’ na frente do recorde de velocidade? Talvez seja nosso próximo desafio. Vamos ver…”

O Bugatti Mistral não é apenas um adeus ao W16; é um símbolo do que a marca representa: ultrapassar limites, redefinir o impossível e deixar um legado que inspira o futuro da engenharia automotiva.