O CEO da Ford Motor, Jim Farley, informou aos funcionários que a montadora precisa acelerar seus esforços para melhorar a qualidade e reduzir os custos, além de anunciar que os bônus dos gerentes, que estão vinculados a essas métricas, seriam cortados para 65% do valor total.

Essa mudança foi comunicada durante uma reunião geral na quarta-feira, segundo fontes próximas.

Farley implementou um novo sistema de desempenho em que os bônus são diretamente atrelados ao progresso em metas essenciais, em uma tentativa de transformar a cultura da empresa de 121 anos e aumentar a responsabilidade dos funcionários.

Durante a apresentação dos resultados do terceiro trimestre, Farley expressou que, embora houvesse progresso, a empresa ainda não estava satisfeita.

A Ford também divulgou que alcançaria apenas o limite inferior de suas expectativas anuais de receita, o que fez com que suas ações caíssem mais de 10% na terça-feira, e mais 1,3% na quinta-feira, fechando em US$ 10,34.

Um porta-voz da Ford afirmou que os bônus são recompensados quando a empresa atinge ou supera as metas estabelecidas e os objetivos do plano Ford+, focado em reduzir custos, melhorar a qualidade e tornar a empresa mais eficiente em termos de capital e mais resiliente. Ele também destacou que os bônus podem ser ajustados dependendo do desempenho do quarto trimestre.

Farley caracterizou a mudança como um “ajuste fundamental na forma como a empresa é gerida”, enfatizando em uma ligação de resultados em fevereiro que agora a Ford realmente diferencia e recompensa a excelência.

Esse novo sistema representa uma grande mudança cultural, segundo o CEO. O valor dos bônus também varia de acordo com o desempenho individual de cada funcionário, conforme explicado pelo porta-voz da Ford.

Enquanto isso, a concorrente General Motors (GM) ajustou seu pacote de compensação no início do ano, visando competir com empresas como Tesla, que oferece pacotes de pagamento fortemente baseados em ações.

Agora, a GM recompensa os 5% melhores funcionários com bônus de 150%, enquanto os 5% de menor desempenho podem enfrentar “ações apropriadas”, incluindo demissões.