Luca de Meo, então CEO da Renault e chefe da marca Alpine, demitiu-se dos cargos neste domingo (15), surpreendendo o mercado automotivo mundial, dada sua posição de destaque na Europa.
Meo, que vinha comandando a Renault e que chegou a ser cogitado para liderar a Stellantis, demitiu-se em prol da liderança no grupo Kering, dono de marcas de grifes famosas da moda, como Gucci, Yves Saint Laurent, Bottega Veneta e Pomellato.
Ele substituirá, na Kering, o francês François-Henri Pinault, deixando assim um buraco no comando da Renault, onde liderava a empresa desde 2020. O executivo sairá oficialmente em 15 de julho.
Meo iniciou um processo de separação das divisões de automóveis a combustão e elétricos, criando assim as empresas Ampere em parceria com a Qualcomm, enquanto a Horse ficaria responsável pelos carros a combustão, inicialmente fora do continente europeu.
Ampere e Horse asseguraram que a Renault tivesse liberdade para recriar suas gamas de veículos, duplicando o portfólio na Europa e iniciando uma ampliação do lineup global.
A mudança liderada por Meo, chamada de Renaulution, recuperou a marca francesa e assegurou as bases para sua continuidade sem uma fusão, tendo ainda arrumado a casa com a Nissan.
Luca de Meo também era uma das vozes mais atuantes na Europa a favor de carros elétricos mais baratos para competir com os chineses e não negou o interesse de uma parceria com a VW se os alemães quisessem.
Por aqui, Meo mudou muito a Renault, separando a divisão de motores, agora Horse, bem como fechando com a Geely uma produção localizada no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais.
O executivo ainda estabeleceu a plataforma RGMP para uma gama de oito modelos fora da Europa, começando pelo Kardian, embora com o coreano sendo em realidade uma variante bem próxima de um SUV da Geely. Após o Kardian, a Renault promete estreia mundial do Boreal no Brasil, mas agora sem Meo.
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