O presidente da Volkswagen Group, Oliver Blume, destacou essa semana que o programa de redução de custos da montadora é inevitável para solucionar problemas estruturais que se arrastam há décadas.
Em entrevista ao jornal Bild am Sonntag, Blume afirmou que “a fraca demanda do mercado na Europa e a considerável queda nos lucros provenientes da China expõem problemas estruturais de longa data na VW.
A empresa está enfrentando pressões significativas em meio a uma transformação mais profunda do que o esperado.
O conselho de trabalhadores da Volkswagen mencionou planos que podem incluir o fechamento de pelo menos três fábricas na Alemanha, a demissão de dezenas de milhares de funcionários e a redução de operações nas plantas restantes no país.
Apesar disso, a Volkswagen não confirmou oficialmente essas medidas, mas em 30 de outubro pediu aos seus empregados que aceitassem uma redução salarial de 10%, justificando que essa seria a única maneira de preservar os empregos e manter a competitividade da empresa.
Blume frisou que os custos operacionais na Alemanha são um fator que pesa fortemente contra a competitividade da Volkswagen. Ele enfatizou que “os nossos custos na Alemanha precisam ser reduzidos drasticamente”.
Quanto à meta de corte de custos, Blume deixou claro que ela não é negociável, apenas a forma de como será implementada oferece alguma flexibilidade.
Para viabilizar as medidas planejadas, a Volkswagen Group alocou cerca de €900 milhões em seu relatório anual, conforme informações divulgadas pelo Bild am Sonntag.
Essas ações são parte de uma estratégia mais ampla para enfrentar os desafios financeiros e operacionais em meio a um cenário econômico global mais desafiador, buscando soluções para se adaptar e melhorar a sustentabilidade da empresa a longo prazo.
Quer receber todas as nossas notícias em tempo real?Acesse nossos exclusivos: Canal do Whatsapp e Canal do Telegram!