
A Stellantis anunciou nesta segunda-feira, 29 de setembro, a saída de seu diretor financeiro, Doug Oosterman, num movimento repentino que aumenta a lista de trocas recentes no alto escalão da montadora.
Segundo comunicado oficial, o executivo deixou o cargo por “motivos pessoais”, mas o momento da saída e o histórico recente da empresa levantam especulações sobre o real motivo por trás da decisão.
Oosterman ocupava o cargo há menos de um ano, tendo assumido a função em outubro de 2024.
Com passagem anterior por diversas funções estratégicas dentro da Fiat Chrysler Automobiles — antes da fusão com o Grupo PSA que originou a Stellantis — ele também foi responsável por comandar as operações financeiras da empresa na China, além de liderar projetos de expansão global.
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Durante sua breve gestão como CFO global, Oosterman enfrentou um cenário desafiador: vendas abaixo do esperado, mudanças internas e a necessidade de reposicionar a empresa em mercados-chave, como Estados Unidos e América Latina.
Em maio, chegou a fazer um discurso otimista durante uma conferência para investidores, dizendo acreditar numa retomada sustentada sob a liderança do então recém-nomeado CEO, Antonio Filosa.
Quem assume agora o comando financeiro da Stellantis é João Laranjo (na foto acima), atual chefe financeiro das operações da empresa na América do Norte.
O executivo português conhece bem a casa: atuou como CFO da região em dois períodos distintos.
Iniciou essa função em 2017 ainda na FCA, deixou a empresa em abril de 2024 para uma breve passagem pela Goodyear, e voltou à Stellantis em fevereiro deste ano, já sob nova gestão.
A transição acontece pouco tempo depois da saída de Carlos Tavares, ex-CEO da Stellantis e figura central — e polêmica — na condução da fusão entre PSA e FCA.
Com Filosa agora no comando e Laranjo assumindo as finanças, a montadora tenta reorganizar seu time executivo em meio a um cenário de recuperação ainda frágil.
Apesar da mudança no comando financeiro, a Stellantis afirmou em nota que mantém sua projeção financeira até o fim de 2025, e que a substituição de Oosterman não deve impactar os planos estratégicos em andamento.
A movimentação reforça o ambiente de transição que a Stellantis vive desde a fusão, com sucessivas alterações em cargos-chave.
Resta saber se a nova gestão conseguirá entregar os resultados prometidos — especialmente no mercado norte-americano, onde Oosterman havia declarado que a produção da empresa deveria ser “mais inclinada para os EUA” nos próximos anos.
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