
A BMW não acredita no fim dos motores a combustão.
Quem garante é Jochen Goller, membro do conselho de administração da marca, que foi categórico ao afirmar: “Motores a combustão nunca vão desaparecer. Nunca.”
A declaração, que foi dada à Autocar India, resume a nova estratégia global da montadora, que decidiu apostar em uma estrutura enxuta com três plataformas principais para equilibrar o futuro dos elétricos com a permanência dos tradicionais motores a gasolina e diesel.
Em vez de seguir o caminho de outras marcas que focam apenas na eletrificação total, a BMW adotou uma postura pragmática.
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A montadora reconhece que a transição para os EVs avança em ritmos diferentes ao redor do mundo e que, em muitos mercados, a combustão seguirá indispensável por décadas.

A primeira plataforma será a Neue Klasse, dedicada exclusivamente a modelos 100% elétricos. Ela já estreia com o novo iX3, trazendo projeto otimizado para baterias, aerodinâmica e software de ponta.
É a aposta da marca para competir em regiões onde a eletrificação cresce rápido, como Europa e China.
A segunda base será voltada apenas para motores a combustão em modelos de entrada, atendendo países emergentes, como Índia, Oriente Médio e Leste Europeu, onde infraestrutura de recarga ainda é limitada e os preços acessíveis ditam as vendas.
O terceiro pilar será uma plataforma multi-energia, capaz de abrigar motores a combustão, híbridos ou baterias elétricas, pensada para SUVs grandes e sedãs.
Com ela, a BMW poderá vender um X5 elétrico em Oslo, um híbrido no Japão ou um turbo a gasolina no Brasil, tudo a partir da mesma arquitetura.

Além da versatilidade técnica, a BMW quer preservar a identidade da marca. Diferente da Mercedes, que distingue visualmente seus elétricos dos modelos a combustão, a BMW vai adotar um design unificado, inspirado na Neue Klasse.
Mais importante ainda: todos os carros terão a mesma sensação ao dirigir, graças ao novo software “Heart of Joy”, criado para garantir que o DNA dinâmico da BMW esteja presente em qualquer versão, seja ela elétrica ou a combustão.
Com isso, a BMW envia um recado claro: a era elétrica é inevitável, mas não significa o fim dos motores tradicionais. A marca acredita que os ICE continuarão existindo em paralelo aos EVs, cada um atendendo às necessidades e condições de diferentes mercados.
Para Goller, a missão da BMW é justamente oferecer todas as opções, sem abrir mão daquilo que a fez reconhecida no mundo inteiro — o prazer de dirigir.

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