
Em um mundo cada vez mais dominado por números, telas e metas ambientais, a Toyota decidiu remar contra a maré.
A mensagem vem direto da liderança da divisão Gazoo Racing, responsável pelos carros mais emocionais da marca japonesa.
Durante a apresentação do GR GT no Japão, a filosofia ficou clara desde as primeiras palavras do projeto. Segundo Takashi Doi, chefe do programa GR GT, o objetivo é simples e ambicioso ao mesmo tempo.
A Toyota quer “passar a diversão de dirigir e a paixão pelos carros” para uma nova geração. Essa frase resume uma mudança profunda na forma como a montadora enxerga seus esportivos.
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Não se trata apenas de lançar modelos rápidos, mas de preservar valores clássicos da engenharia automotiva. O foco está em sensação ao volante, resposta mecânica e conexão real entre carro e motorista.
O GR GT simboliza essa abordagem ao priorizar fundamentos antes de modismos tecnológicos. A estrutura utiliza um chassi de alumínio pensado para rigidez e baixo centro de gravidade.
O motor V8 4.0 biturbo foi desenvolvido internamente, reforçando o compromisso com identidade própria. A transmissão automática de oito marchas em layout transaxle ajuda a equilibrar peso e comportamento dinâmico.
O conjunto inclui diferencial mecânico de deslizamento limitado, algo cada vez mais raro no mercado atual. Segundo Doi, esse tipo de engenharia também serve como escola para os futuros engenheiros da Toyota.

Cada solução técnica carrega conhecimento que será transferido para projetos das próximas décadas. A ideia, segundo ele, é construir carros “feitos para vencer”, dentro e fora das pistas.
Mas vencer, nesse caso, significa conquistar respeito e emoção, não apenas tempos de volta. A prioridade declarada é respeitar os fundamentos: rigidez, aerodinâmica eficiente e bom empacotamento mecânico.
Essa visão ajuda a explicar a sequência de decisões tomadas pela Toyota nos últimos anos. O retorno do Supra marcou o início de uma reaproximação com o público entusiasta.
Depois veio o GR Corolla, mostrando que diversão também pode existir em um hot hatch moderno. Até o Land Cruiser ressurgiu com proposta mais simples, focada em uso real e robustez.
O anúncio oficial do retorno do Celica reforçou que o passado esportivo voltou a ser valorizado. Há ainda sinais claros de que o nome MR2 também pode ganhar uma nova vida.
Tudo isso constrói um cenário em que emoção voltou a ser parte central da estratégia. Mesmo com a eletrificação avançando, a Toyota deixa claro que prazer ao dirigir não será abandonado.
O futuro pode incluir EVs, mas a marca promete manter alma, caráter e envolvimento humano. Para a divisão GR, carros não devem apenas cumprir normas, mas provocar reações.
A fala de Doi não soa como marketing, mas como um posicionamento quase ideológico. Em um setor cada vez mais racional, a Toyota aposta que emoção ainda tem valor.
E, se depender da Gazoo Racing, dirigir continuará sendo algo para sentir, não apenas consumir.
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