Após os impactos dos furacões Helene e Milton na Flórida, o chefe dos bombeiros do estado, Jimmy Patronis, descreveu os veículos elétricos afetados como “bombas-relógio”, alertando para o alto risco de incêndios devido à exposição à água salgada.
O principal foco de preocupação são os pacotes de baterias de íon-lítio, presentes não só em carros elétricos, mas também em outros dispositivos como scooters, hoverboards, carrinhos de golfe e até brinquedos infantis.
A advertência veio logo após o furacão Helene, quando quase 50 incêndios relacionados a baterias de íon-lítio foram relatados, sendo 11 desses envolvendo veículos elétricos.
O perigo, segundo Patronis, é especialmente alto para quem mora nas áreas costeiras e está vulnerável à invasão de água do mar. Ele recomendou que proprietários de qualquer dispositivo equipado com esse tipo de bateria que tenha sido comprometido por enchentes tomem medidas de segurança imediatas.
“Desliguem e afastem esses veículos ou dispositivos de suas casas”, enfatizou o chefe dos bombeiros.
Além disso, o alerta não se limita apenas aos veículos 100% elétricos. Donos de veículos híbridos e até modelos com células de combustível também foram orientados a ficarem atentos ao risco de incêndios.
Patronis pediu que os fabricantes de veículos elétricos informem seus clientes sobre os cuidados necessários em áreas com risco de inundações e apresentou algumas recomendações.
Entre elas, deixar portas e janelas abertas para permitir que possíveis gases inflamáveis se dissipem e, se possível, estacionar os veículos em espaços abertos e bem ventilados.
Outras dicas importantes incluíram a desconexão das baterias de 12 volts dos carros e evitar qualquer contato com a bateria de alta voltagem caso o veículo apresente sinais de danos ou superaquecimento. Essas medidas visam mitigar o risco de incêndios, que podem ocorrer dias ou até semanas após a exposição inicial à água salgada.
O furacão Milton, que atingiu a região dias após Helene, aumentou ainda mais a urgência de tais precauções. Patronis reiterou que sua equipe está trabalhando em colaboração com autoridades federais, estaduais e locais para manter a população e os socorristas cientes desses riscos, garantindo a segurança de todos os envolvidos.
“Esses veículos comprometidos são como bombas-relógio, e continuaremos atentos para proteger as famílias da Flórida”, concluiu.
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