Chevrolet irá penalizar compradores do Corvette ZR1, de 1.065 cv, que tentarem vender o veículo, com a perda da garantia

chevrolet corvette zr1 2025 (3)
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A chegada do novo Corvette ZR1 está próxima, e a expectativa em torno do modelo é gigantesca.

Com seus impressionantes 1.064 cavalos de potência e um preço inicial estimado em US$ 175 mil, ele já está na mira de colecionadores, entusiastas — e, claro, dos famigerados flippers, as pessoas que compram algo para o revender mais caro.

Esses especuladores compram carros altamente cobiçados apenas para revendê-los rapidamente por preços inflacionados. Mas a Chevrolet pretende dificultar bastante a vida deles desta vez.

Segundo o respeitado revendedor e especialista Rick Conti, a Chevrolet vai aplicar uma política rígida para compradores do ZR1, da mesma forma que já fez com outros modelos exclusivos , como o Corvette Z06, o E-Ray, o Hummer EV e o Cadillac Escalade V.

chevrolet corvette zr1 2025 (1)
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Quem tentar revender o ZR1 dentro do primeiro ano de posse será penalizado de duas formas: perderá o direito a comprar futuros modelos especiais da marca e, ainda pior, o carro perderá completamente sua cobertura de garantia.

Na prática, isso significa que qualquer novo proprietário que compre um ZR1 de segunda mão dentro desse período poderá acabar com um carro sem nenhuma proteção de fábrica — algo nada animador quando se fala em um superesportivo de mais de mil cavalos.

A responsabilidade de avisar o comprador recai sobre o proprietário original, mas como nem todos são transparentes ao vender, o risco de golpe para o segundo dono é real.

A ideia da GM é desestimular o mercado de revenda precoce e proteger a base de clientes reais, aqueles que desejam, de fato, usar e aproveitar o carro. Mas a eficácia dessa estratégia ainda é bastante questionável.

chevrolet corvette zr1 2025 (4)
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Ela não impede que flippers comprem os carros — e também não toca no problema crônico dos ágeis concessionários, que continuam aplicando sobrepreços absurdos nos primeiros lotes.

O resultado? Ao punir revendedores e limitar o suporte ao carro, quem sai prejudicado mesmo são os compradores legítimos no mercado de segunda mão, muitos dos quais sequer saberão que estão levando para casa um ZR1 sem cobertura.

Isso pode desvalorizar o carro e arranhar a experiência de propriedade para quem não participou da “revenda rápida”, mas acabou pagando o preço por ela.

Diante disso, surgem alternativas mais eficazes sendo discutidas por fãs da marca. Um exemplo seria impor um contrato de leasing de 12 meses, sem possibilidade de compra imediata.

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Isso travaria a venda do carro no período inicial e forçaria os veículos a permanecerem com quem realmente deseja usá-los. Outra ideia envolve a Chevrolet vender diretamente ao consumidor final, evitando atravessadores e monitorando a posse do carro de forma mais eficiente.

Enquanto essas soluções não saem do papel, a atual política de penalizações parece mais um tapa-buraco do que uma resposta efetiva ao problema. Os flippers, que já conhecem os atalhos e têm seus próprios esquemas, continuarão encontrando formas de lucrar.

E a Chevrolet, ao tentar proteger sua imagem e exclusividade, pode acabar sacrificando a experiência do público mais fiel. Um Corvette sem garantia pode até continuar rápido — mas a relação com a marca corre o risco de desacelerar.


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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 20 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.