Chevrolet Montana LT 2025: Design moderno e bom motor Turbo, mas espaço atrás é bem ruim

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A nova Montana foi um pedido do mercado que a Chevrolet tardou a atender, assim como a VW e uma nova Saveiro turbo, ainda inexistente.

A Chevrolet atendeu ao mercado e lançou sua picape turbo, a Nova Montana, que rivaliza com Toro/Strada e Oroch, se posicionando um pouco mais acima do que antes da renovação.

Avaliamos uma unidade de entrada, chamada “LT MT”, e trouxemos todos os detalhes para você.

Fique de olho:

Partindo de R$ 127.150,00, com motor turbo e câmbio manual, ela vem com:

Seis airbags, alerta de frenagem de emergência, aviso sonoro do cinto de segurança dianteiro e traseiro, controle de estabilidade e tração, DRL em LED, ABS, monitoramento de pressão dos pneus, rodas de aço aro 16″ com calotas integrais, ar-condicionado, assistente de partida em rampa, computador de bordo, volante multifuncional, direção elétrica, painel de 3,5” digital, vidros elétricos nas 4 portas, banco do motorista com regulagem de altura, Chevrolet MyLink, com Tela LCD de 8″, Android Auto e Apple CarPlay, 4 alto-falantes, espelhamento sem fio de celular e mais.

Vamos aos detalhes:

Motor turbo é elástico, mas não surpreende.

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O motor é o 1.2 turbo, de 3 cilindros, mesmo que equipa algumas versões da Tracker.

Com 12 válvulas, rende 133 cv no etanol e 21,4 kgfm de torque, aparecendo já aos 2.000 rpm, bons números para um motor 1.2 turbo.

Acoplado ao câmbio manual de 6 velocidades, tem uma aceleração de 0 a 100 km/h em mais de 11s, o que é bem decepcionante, visto que a picape já teve um dos melhores desempenhos do segmento.

A velocidade máxima fica limitada nos 180 km/h.

Estranhamente a versão automática tem melhor desempenho, com aceleração de 0 a 100 km/h na casa dos 10s.

Avaliando os número de consumo, podemos deduzir que nas versões manuais o desempenho foi um pouco sacrificado em relação à economia:

A versão com câmbio manual faz 8,3 km/l na cidade e 9,6 km/l na rodovia, quando utilizado etanol, enquanto na gasolina são 12,0 km/h e 13,6 km/l respectivamente.

A versão automática se sai um pouco pior 7,7 km/l e 9,3 km/l no etanol, contra 11,1 km/l e 13,3 km/l na gasolina.

A diferença não chega aos 10% em nenhuma das condições, não fazendo muito sentido do ponto de vista econômico o menor desempenho.

A Oroch com motor 1.3 turbo (bem mais cara) desbanca a Montana sem esforço algum, são 170 cv e 27,5 kgfm de torque, aliado ao câmbio CVT de 8 velocidades.

Com um 0 a 100 km/h em 9,9s e velocidade máxima beirando os 190 km/h.

Seu consumo porém é bem pior, com a picape francesa fazendo 7,4 km/l na cidade e 7,8 km/l na rodovia, quando utilizado o etanol e 10,5 km/l na cidade e 11,0 km/l na rodovia com gasolina, bebe muito mais que a Montana.

A Strada Ultra, mesmo um pouco menor e mais cara (R$ 136.990,00), possui motor 1.0 turbo de 130 cv e 20,4 kgfm de torque, números bem próximos da Montana.

No desempenho, se sai melhor também, com 0 a 100 km/h na casa dos 10s e velocidade máxima de 180 km/h.

O consumo é parecido, 8,3 km/l na cidade e 9,4 km/l na rodovia com etanol, ante 12,1 km/l na cidade e 13,2 km/l na rodovia com gasolina.

Interior convence mas banco de trás quase não existe

O interior da Montana não é mega sofisticado, longe disso, mas dependendo do uso pretendido é muito bom.

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A começar pelos bancos, com três tipos de tecido diferente, um mais acinzentado no apoio dos ombros, preto nas bordas e encosto de cabeça, e estampado na região central, passam um ar de refinamento.

As abas são bem avantajadas, passando conforto e firmeza na condução.

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O painel é puramente plástico, e combina duas cores, assim como as forrações de porta, tentando passar um refinamento.

Isso deixa claro que o seu uso não foi tão pensado para trabalho, quem põe a mão na massa sabe que acabamentos claros não combinam com trabalho pesado, afinal encardem com facilidade.

O console central tem um friso prateado, dando uma enfeitada, suporte para copos e porta trecos na região do freio de estacionamento.

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A central multimídia com acabamento em preto brilhante tem um aspecto bem agradável e tecnológico, com visual harmônico no painel, não destoa como muitas por aí.

Os comandos do ar-condicionado possuem aros cromados, assim como os difusores de ar tem acabamento prateado.

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O volante segue a linha GM, com região central compacta, acabamento prateado e aro totalmente circular, com empunhadura grossa.

Não inventa moda, e utiliza marcadores analógicos bem desenhados e agradáveis, com um pequeno computador de bordo no meio do cluster, os marcadores possuem um aro cromado em cada.

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Não se iluda pelas 4 portas, no banco de trás um adulto não anda caso o motorista seja grande, minhas pernas mal entraram, a única forma de ir confortável no banco de trás talvez seja deitado.

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A caçamba, apesar de não ser a maior do segmento, possui bom espaço, podendo levar até 637 kg, a Strada cabine dupla leva 650 kg e possui litragem superior.

Design moderno

Nas primeiras gerações a Montana era sinônimo de beleza e desempenho, perdendo muito no quesito beleza com a geração de gosto no mínimo duvidoso, baseada no Agile.

Agora parece ter se reerguido, com visual renovado, mesmo na versão básica, é agradável.

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A começar pela dianteira, que tem conjunto óptico dividido em duas partes, com DRL em LED na porção superior, estreito e comprido, é moderno.

O DRL termina num friso cromado, que atravessa a grade, chegando ao logo da Chevrolet, continuando até o outro DRL.

Logo abaixo o farol, com dimensões razoáveis e fundo preto, olhando de forma isolado é feio, mas no conjunto da obra fica bonito.

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A grade superior, assim como a inferior, é construída em plástico preto sem nenhum adorno, aqui a picape já tem mais cara de trabalhadora.

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O plástico preto continua até o contorno da caixa de roda, e percorre toda a região inferior da carroceria, sendo largo e generoso na região das portas, diria até exagerado.

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As rodas de aço com calotas integrais enganam bem, com um aspecto quase de liga-leve.

De lado parece grande, com caixas de roda bem vazadas, rack no teto e caçamba um tanto quanto curta, tem um aspecto mais urbano.

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Na traseira, as lanternas são diminutas, ligadas por um acabamento plástico que atravessa a tampa da caçamba, tem uma aparência moderna, com bordas retas.

Em cima do acabamento preto está o logo “LT”, na caçamba o nome “CHEVROLET” é estampado, com “Montana” na região inferior esquerda e “Turbo” na direita.

O para-choque é saltado, com soleiras para acesso à caçamba, também em plástico preto.

Vende mais que Renault e menos que Fiat

A Montana parece ter caído num limbo, não tem um tino tão bom para trabalho, como a líder incontestável Strada, nem uma pegada mais casual, como a cansada Saveiro, ou até mesmo a Toro.

Ainda assim, se sai melhor que a Oroch.

No acumulado até Abril de 2024, a Montana fica na quinta posição de comerciais leves mais emplacados, com 2.534 unidades.

A Strada voa baixo, com 11.497 unidades no mesmo período.

A Saveiro, mesmo mais cansada e sem grandes novidade, emplaca mais que o dobro, com 5.373 unidades.

Na terceira posição a Hilux, com 4.792 e na quarta a Toro, com 3.896.

A Oroch amarga a décima segunda posição, com 1.095 unidades.

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Autor: Luca Magnani

Engenheiro mecânico na indústria automotiva, pós graduado pela Universidade da Indústria do Paraná em Engenharia de veículos elétricos e híbridos.