Em 2013, a General Motors fez coisas que muitos jamais imaginariam um dia ver e uma delas foi retirar a marca Chevrolet da Europa, um continente onde a gravata dourada mantinha sua presença desde a época de fundação.
Na época, a GM também se retirou por meio da venda das marcas Opel na Alemanha e Vauxhall no Reino Unido, numa manobra que fez a francesa PSA se fortalecer. Sem as três marcas, a gigante de Detroit deixou somente o Corvette via importação oficial.
Desde então, a GM tem mantido distância da Europa e, por consequência, da Rússia, de onde saiu bem antes dos eventos atuais, assim como a Ford quase inteiramente.
No leste europeu, não foi diferente para a empresa, porém, na distante Moldávia, surgiu um sinal de esperança para quem gostaria de ver novamente a Chevrolet na região.
Um registro de patente do Chevrolet Spark foi feito no vizinho da Ucrânia, que tem fortes laços com a Rússia, segundo o site GM Authority. Seria uma volta da GM à Europa?
Como se sabe, a GM encolheu muito nos últimos 15 anos. Diante da falência da velha empresa, perderam-se várias marcas, como Pontiac e Holden, por exemplo, fora as vendas das bandeiras da Alemanha e Reino Unido.
A própria Chevrolet saiu das regiões citadas e também da Índia, onde realmente nunca considerou de importância, porém, desaparecer do Sudeste Asiático e Austrália, indicou que a empresa já não era mais um gigante como outrora fora.
Hoje, com as vendas em queda na China, onde sempre se apoiou e prestes a ver uma nova guerra comercial dos EUA com o gigante asiático, a GM pode tentar retomar parte do que abriu mão no passado recente.
Nos EUA, a eleição de Trump traz insegurança ao setor automotivo, altamente dependente do México. Além disso, a mudança para híbridos vem forçar ainda mais as finanças da montadora.
Com a América do Sul como último bastião fora do eixo consolidado EUA-China-Coreia do Sul, a GM poderia valer-se até de suas marcas chinesas com a SAIC para retomar as vendas na Europa, mas o Spark não faria parte disso. Pelo menos não como um projeto de origem coreana.
Quem sabe um Baojun sob a gravata dourada faria mais sentido entre os europeus? Veremos.
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