Um deles foi o vice-líder entre os SUVs em 2023, enquanto o outro tomou a posição nesse ano.
Estamos falando da dupla Tracker e Kicks, que se acostumaram a estar entre os mais vendidos nesse segmento.
Bem acostumados ao mercado brasileiro, eles apostam numa gama bem completa para convencer seus possíveis compradores, mas também existem diferenças importantes entre os modelos da Chevrolet e Nissan.
Qual deles é melhor? Confira!
O Tracker ficou ainda mais caro
A gama do Tracker 2025 é um pouco menor que o rival, mas seus preços são mais salgados.
A versão topo de linha Premier com motor 1.2 Turbo, subiu de R$ 112.000 em seu lançamento, em 2020, para R$ 173.390 hoje, um aumento de quase 60%!
Falando dos preços atuais, a versão de entrada, por exemplo, já começa em quase R$ 120 mil, sendo equipada com o motor 1.0 turbo e mirando as vendas diretas.
O mesmo propulsor aparece na opção LT, que dá um belo salto para mais de R$ 138 mil, e na configuração LTZ, que custa quase R$ 154 mil. Na nova linha 2025, o modelo perdeu a versão Midnight.
Mudando para o motor 1.2 turbo, o SUV ainda conta com a opção de visual esportivo RS, por R$ 171,8 mil, e com a topo de linha Premier, que já passou dos R$ 173 mil.
Confira quando custa cada versão do Tracker 2025:
- Tracker 1.0 Turbo AT – R$ 119.900
- Tracker LT 1.0 Turbo AT – R$ 140.690
- Tracker LTZ 1.0 Turbo AT – R$ 153.990
- Tracker RS 1.2 Turbo AT – R$ 171.790
- Tracker Premier 1.2 Turbo AT – R$ 173.390
Parte do sucesso do Kicks 2024 no mercado brasileiro se deve ao chamativo preço inicial inferior a R$ 113 mil na versão Active, pulando para R$ 115 mil com a multimídia.
Além delas, a versão Sense também fica abaixo do preço inicial do Tracker, partindo de R$ 118,3 mil.
Exigindo um investimento maior, a configuração Advance fica no meio da gama. Ela custa entre R$ 136 mil e R$ 138 mil, com a opção do Pack Plus. Todas usam o mesmo motor 1.6 aspirado com câmbio CVT.
Finalmente, a Exclusive é a mais cara e não muda o conjunto mecânico. Ela não sai por menos de R$ 150 mil (com o reajuste mais recente), chegando a R$ 152 mil com o Pack Tech, que adiciona itens de segurança.
Veja os preços do Kicks 2024:
- Kicks Active 1.6 CVT – R$ 112.990
- Kicks Active 1.6 CVT + Multimídia – R$ 114.990
- Kicks Sense 1.6 CVT – R$ 118.290
- Kicks Advance 1.6 CVT – R$ 135.990
- Kicks Advance 1.6 CVT + Pack Plus – R$ 138.190
- Kicks Exclusive 1.6 CVT – R$ 150.190
- Kicks Exclusive 1.6 CVT + Pack Tech – R$ 152.190
VENCEDOR: Kicks.
O Kicks é mais equipado
A faixa de preços entre esses SUVs é um pouco diferente, mas ainda assim temos diversas comparações possíveis com valores similares. A primeira é entre o Tracker AT (R$ 119.900) e o Kicks Sense (R$ 118.290).
Os dois oferecem seis airbags, câmera de ré, controle de tração e estabilidade, assistente em rampas, piloto automático, sensor crepuscular e multimídia com Android Auto e Apple CarPlay (8 polegadas no Chevrolet e 7 polegadas no Nissan).
Apenas o Tracker tem repetidores de seta, apoio de braço dianteiro e chave presencial, enquanto o Kicks é o único com regulagem de altura dos faróis, alerta de pressão dos pneus e rodas de liga leve. Ou seja, são modelos equivalentes.
Outra comparação é entre o Tracker LT (R$ 140.690) e o Kicks Advance Pack Plus (R$ 138.190), onde os dois recebem sensores de estacionamento e o Kicks ganha os equipamentos que apenas o Tracker tinha no comparativo acima. Além disso, o Nissan ainda tem retrovisor fotocrômico e bancos em couro.
A mesma vantagem da marca japonesa ocorre entre o Tracker LTZ (R$ 153.990) e o Kicks Exclusive Pack Tech (R$ 152.190). O Chevrolet recebe alerta de ponto cego, alerta de colisão frontal, rodas de liga leve e bancos em couro.
Além de tudo isso, o Kicks ainda tem câmera 360º, faróis em LED com assistente de luz alta, alerta de mudança de faixa, alerta de tráfego cruzado traseiro, A/C automático, rebatimento elétrico dos retrovisores, som premium e carregador por indução.
VENCEDOR: Kicks.
Aspirado ou turbo?
A Nissan já apresentou o novo Kicks 2025 nos Estados Unidos, uma nova geração que abandonará o motor aspirado e trará um novo propulsor turbo. Por enquanto, ele ainda segue com o 1.6 de 113 cv e 15,2 kgfm, com câmbio CVT.
Esse conjunto faz o Kicks chegar aos 100 km/h em 11,8 segundos, com máxima de 175 km/h.
São números mais tímidos, mas a intenção da marca é manter a geração atual (com esse motor) como uma versão de entrada quando o novo SUV chegar no próximo ano.
Enquanto isso, o Tracker começa com o 1.0 turbo de 116 cv e 16,8 kgfm, que chega aos 100 km/h em 10,9 segundos e alcança 177 km/h, e depois pula para o 1.2 turbo de 133 cv e 21,4 kgfm, com 0 a 100 km/h em 9,4 segundos e máxima de 185 km/h.
Além da vantagem no desempenho, o Tracker 1.0 Turbo é o melhor no consumo quando abastecido com etanol, enquanto o Kicks leva vantagem com gasolina. A versão mais potente do Chevrolet é a que mais gasta em todas as medições.
Consumo | Kicks | Tracker 1.0 Turbo | Tracker 1.2 Turbo |
Cidade – etanol | 7,8 | 7,8 | 7,2 |
Cidade – gasolina | 11,4 | 11,2 | 10,4 |
Estrada – etanol | 9,5 | 9,6 | 9,2 |
Estrada – gasolina | 13,8 | 13,6 | 13,2 |
VENCEDOR: Tracker.
Porta-malas de gente grande
O Kicks parece entregar mais espaço por dentro por ser mais comprido (4,31 x 4,27) e ter o maior entre-eixos (2,61 x 2,57). O Tracker, por sua vez, é mais largo (1,79 x 1,76) e mais alto (1,62 x 1,59).
Mas na realidade isso pode ser diferente, pois os dois modelos oferecem um espaço muito parecido.
Além disso, o Kicks falha por não ter uma entrada USB para os passageiros traseiros, enquanto o Tracker oferece duas portas para carregamento.
No porta-malas, a vantagem do Nissan é indiscutível com seus 432 litros, enquanto o rival leva apenas 393 litros. Essa é uma das vantagens do modelo japonês, atraindo inclusive famílias maiores.
Ou seja, por dentro temos um espaço apenas razoável nos dois, mas o volume no compartimento traseiro faz o Kicks levar a melhor nesse quesito.
VENCEDOR: Kicks.
Mais barato nas revisões
Os dois modelos oferecem 3 anos de garantia e usam o mesmo programa de revisões, com paradas a cada 10.000 km ou 12 meses.
Eles também não diferenciam os valores entre as versões de seus carros, mas o custo para os proprietários do Kicks é menor.
Ao chegar nos 60.000 km, o gasto total será de quase R$ 4,6 mil, enquanto o Tracker exige quase R$ 4,8 mil no mesmo período.
O que ajuda a explicar essa pequena diferença é o fato da Nissan usar apenas dois valores em suas revisões.
Revisões | Tracker | Kicks |
10.000 km | R$ 456,00 | R$ 615,00 |
20.000 km | R$ 944,00 | R$ 918,00 |
30.000 km | R$ 700,00 | R$ 615,00 |
40.000 km | R$ 1.052,00 | R$ 918,00 |
50.000 km | R$ 672,00 | R$ 615,00 |
60.000 km | R$ 944,00 | R$ 918,00 |
TOTAL | R$ 4.768,00 | R$ 4.599,00 |
VENCEDOR: Kicks.
Um novo vice-líder
Ninguém pode reclamar das vendas em 2024 quando falamos sobre esses modelos, mas a Nissan está ainda mais feliz. De janeiro a março, o Kicks emplacou 13.015 unidades, sendo o 2º mais vendido entre todos os SUVs.
Enquanto isso, o Tracker aparece na 4ª posição, com 12.665 unidades vendidas.
Veja que a diferença foi de apenas 350 unidades, enquanto o líder Creta acumulou 13.600 emplacamentos. Ou seja, a briga promete ser muito boa nesse ano.
No ano passado, a história tinha sido bem diferente: o Tracker fechou o ano na vice-liderança, com 66.643 unidades vendidas, enquanto o Kicks conseguiu terminar em 6º lugar após ter vendido 50.778 unidades.
VENCEDOR: Kicks.
Conclusão
O Kicks conseguiu uma vitória tranquila neste comparativo, o que ajuda a explicar seu bom momento no mercado brasileiro.
Ele apresenta preços mais chamativos que seu rival, além de ser mais equipado em quase todas as comparações.
Além disso, as revisões exigidas pela Nissan apresentam preços mais baixos e as vendas em 2024 colocam o modelo japonês na vice-liderança do segmento mais disputado por aqui.
Enquanto isso, o Tracker foi o melhor apenas na motorização, tendo desempenho melhor e consumo mais baixo.
Fichas técnicas
Tracker |
Kicks |
|
Preço | R$ 119.900 a R$ 173.390 | R$ 112.990 a R$ 152.190 |
Motor | 1.0 turbo ou 1.2 turbo | 1.6 aspirado |
Potência e torque | 1.0T – 116 cv e 16,8 kgfm | 113 cv e 15,3 kgfm |
1.2T – 133 cv e 21,4 kgfm | ||
Câmbio | Automático de 6 marchas | CVT de 6 marchas |
Aceleração e velocidade máxima | 1.0T – 10,9s e 177 km/h | 11,8s e 175 km/h |
1.2T – 9,4s e 185 km/h | ||
Consumo cidade | 1.0T – 7,8 km/l (E) e 11,2 km/l (G) | 7,8 km/l (E) e 11,4 km/l (G) |
1.2T – 7,2 km/l (E) e 10,4 km/l (G) | ||
Consumo estrada | 1.0T – 9,6 km/l (E) e 13,6 km/l (G) | 9,5 km/l (E) e 13,8 km/l (G) |
1.2T – 9,2 km/l (E) e 13,2 km/l (G) | ||
Rodas e pneus | 215/60 R16 ou 215/55 R17 | 205/60 R16 ou 205/55 R17 |
Medidas | comprimento, 4,27 m; altura, 1,62 m; largura, 1,79 m; entre-eixos, 2,57 m | comprimento, 4,31 m; altura, 1,59 m; largura, 1,76 m; entre-eixos, 2,61 m |
Tanque | 44 litros | 41 litros |
Porta-malas | 393 litros | 432 litros |
Peso | 1.228 kg a 1.248 kg | 1.122 a 1.139 kg |
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