Enquanto o mundo automotivo caminha a passos largos rumo à eletrificação, um grupo fiel de entusiastas mantém viva a chama dos V8s de alto desempenho.
E a Chevrolet parece decidida a alimentar esse fogo com gasolina premium: a marca acaba de lançar o ZZ632, seu maior e mais potente motor já oferecido em forma de crate engine, ou seja, motores que são vendidos em uma caixa de madeira e entregues ao comprador por uma transportadora.
O número 632 se refere ao deslocamento em polegadas cúbicas, que na prática equivale a absurdos 10,4 litros.
É uma usina de força que entrega nada menos que 1.004 cavalos de potência e 118,5 kgfm de torque.
Isso tudo girando até 7.000 rpm, graças a cabeçotes de alta vazão e um conjunto interno todo forjado, com comando hidráulico tipo roller.
Mas potência não vem barato. O ZZ632 custa quase 49 mil dólares nos EUA — algo em torno de R$ 270 mil em conversão direta, mas é dado um desconto no site da marca, com o preço caindo para 38.000 dólares.
O pacote inclui sistema de ignição por sensor no virabrequim, bobinas, bomba d’água, damper e tampas de válvula na cor laranja icônica da GM Performance.
Só que a Chevrolet não está sozinha nessa disputa pelo V8 mais insano. A Dodge já tem seu monstro: o Hellephant C170. Com 6.2 litros e um supercompressor de 3.0 litros, o motor entrega 1.025 cv e 129,5 kgfm de torque usando E85.
E o melhor? É possível usá-lo na rua. Esse mesmo motor equipa o Dodge Challenger SRT Demon 170, um verdadeiro míssil que faz de 0 a 100 km/h em 1,66 segundos e percorre o quarto de milha em 8,91 s. Tudo isso por “apenas” 28 mil dólares.
Do lado azul da força, a Ford também prepara seu ataque. O Megazilla 2.0 é a evolução do Godzilla, motor de 7.3 litros das picapes pesadas e caminhões da marca. A nova versão é sobrealimentada e promete “mais de 1.000 cv”, segundo a própria fabricante.
O preço estimado gira em torno de 33 mil dólares, e por enquanto ele será voltado apenas para uso em competições — pelo menos oficialmente.
Ainda que essas máquinas pareçam anacrônicas em plena era dos EVs, elas seguem encantando os apaixonados por performance bruta. São motores gigantes, com números que desafiam a física e alimentam o imaginário de quem cresceu sonhando com muscle cars.
E o melhor: ainda dá para colocá-los sob o capô de um projeto maluco e sair acelerando por aí.
No fim das contas, talvez a eletrificação avance — mas o ronco de um V8 girando alto continuará sendo, por muito tempo, o som da resistência.
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