
O governo chinês anunciou mudanças drásticas nas regras para que veículos eletrificados recebam isenção de imposto de compra a partir de 2026.
A decisão, tomada em conjunto pelo Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação, Ministério das Finanças e Administração Estatal de Tributação, eleva significativamente os padrões técnicos.
Isso é válido especialmente para os híbridos plug-in, que agora precisarão garantir pelo menos 100 km de autonomia elétrica para continuarem elegíveis ao benefício.
As novas exigências, anunciadas no dia 9 de outubro, refletem a evolução tecnológica acelerada dos veículos elétricos na China.
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Segundo o secretário-geral da Associação Chinesa de Carros de Passageiros, Cui Dongshu, a medida força a indústria a abandonar modelos obsoletos e a investir mais em pesquisa e desenvolvimento.

A proposta, segundo ele, é deixar de lado a simples ampliação da frota eletrificada para buscar um crescimento mais qualitativo e sustentável.
Para os carros 100% elétricos, os critérios também foram endurecidos.
O consumo de energia agora deve seguir o novo padrão nacional GB 36980.1-2025, que é cerca de 11% mais rigoroso que o anterior. Já os modelos com peso acima de 3.500 kg seguirão limites específicos para essa categoria.
Nos híbridos plug-in, o corte foi ainda mais profundo.
A exigência mínima de autonomia elétrica saltou de 43 km para 100 km, e o consumo de combustível precisa ser inferior a 70% do limite legal para veículos com até 2.510 kg.

Acima desse peso, o consumo não poderá ultrapassar 75% do padrão. O uso de energia elétrica também terá que ser, no máximo, entre 140% e 145% do valor de referência, dependendo da massa do veículo.
As novas regras entram em vigor em 1º de janeiro de 2026, mas os fabricantes têm até o dia 12 de dezembro de 2025 para submeter à aprovação os modelos que ainda não se enquadram nos novos critérios, caso queiram mantê-los na lista de isenção fiscal de 2026.
Veículos já listados até o final de 2025 que cumprirem os novos requisitos serão automaticamente transferidos para o catálogo do ano seguinte.
A mudança tende a provocar forte impacto no mercado. De acordo com analistas ouvidos pela mídia chinesa, cerca de 40% dos híbridos plug-in atualmente à venda no país não atingem os 100 km exigidos.

A expectativa é que muitas montadoras promovam liquidações nos próximos meses para desovar estoques desses modelos antes do corte dos incentivos.
Modelos de entrada como algumas versões do BYD Qin Plus, Qin L e Geely Galaxy A7 estão entre os mais afetados, podendo perder o benefício fiscal em 2026.
Já híbridos premium como o Aito M5, com 230 km de autonomia elétrica, o BYD Tang DM-i (175 km) e o Li Auto L8 (acima de 225 km) continuam enquadrados com folga nos novos parâmetros, o que pode reforçar ainda mais sua posição no mercado.
Com as novas exigências, o governo chinês deixa claro que não há mais espaço para veículos eletrificados de performance limitada. A política de incentivo agora está voltada para quem realmente oferece eficiência e tecnologia de ponta.
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