China já tem mais da metade das vendas internas dominadas por carros elétricos

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A China já ultrapassou há muito o ponto sem retorno para o carro elétrico e agora tem mais da metade das vendas de carros novos no país, dominada por modelos elétricos ou híbridos plug-in. Em agosto, 53% das vendas foram para este tipo de carro.

O impacto na economia chinesa já é nítido, pois, o aumento no consumo interno de petróleo esperado para 2024 será de “apenas” 900.000 barris, totalizando 103 milhões de barris.

Ainda que as vendas na China continuem elevadas e as placas sejam artigo de luxo em dezenas de metrópoles do país, o consumo de combustíveis caiu vertiginosamente entre os condutores por conta da eletrificação maciça promovida pelo governo.

Num ambiente altamente volátil para fabricantes pequenos e grandes players de carros a combustão, a China vai moldando-se para ser logo mais 100% elétrica ou perto disso. Isso significa que muitos ficarão pelo caminho (85% das marcas até 2030).

No galático mercado automotivo chinês, cujo Big Bang ocorreu só há 30 anos, constelações inteiras de marcas e modelos de toda sorte sumirão do mapa celeste e apenas os maiores e mais fortes sobreviverão.

Com a eletrificação expandindo mais rápido que o mercado interno, a China passa a depender menos de petróleo até para exportar essa nova geração de carros elétricos, empregando navios com uso de gás, menos poluente que o diesel, embora ainda derivado de fontes fósseis.

No transporte de cargas por estradas, os caminhões chineses já estão se convertendo para gás, uma vez que também entra na conta da política do “poço à roda”e não apenas para carros, já que hoje quase todos os setores são cobrados por suas emissões.

Sobre trilhos, a China tem hoje a maior malha ferroviária de alta velocidade do mundo e ela é essencialmente elétrica. Diante disso, chegará o momento em que o hidrogênio substituirá o gás natural nos modais, restando apenas o aeroviário para limpar os céus cinzas do país.

Obviamente, como futura maior economia da Terra, a China também influenciará outros mercados que buscam o mesmo, porém, com seus produtos e tecnologias mais baratas e potencialmente mais sofisticadas.

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X